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O POVO torna-se signatário do Pacto Global
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Carol Kossling é jornalista e pedagoga. Tem especialização em Assessoria de Comunicação pela Unifor e MBA em Marketing pela Faculdade CDL. Pautou sua carreira no eixo SP/CE. Fez parte da equipe de reportagem do Anuário Ceará e da editoria de Economia do O POVO. Atualmente é Editora de Projetos do Grupo de Comunicação O POVO

O POVO torna-se signatário do Pacto Global

Ampliando as ações nas áreas de ESG, durante o 1º Fórum ESG O POVO foi anunciado que na última semana, O POVO aderiu ao Pacto Global promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU)
Tipo Notícia
PRIMEIRO Fórum ESG O POVO ocorreu na sede da Fiec (Foto: FERNANDA BARROS)
Foto: FERNANDA BARROS PRIMEIRO Fórum ESG O POVO ocorreu na sede da Fiec

Durante o 1º Fórum ESG O POVO, que contou com mais de 450 pessoas na Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), foi anunciado a adesão do O POVO ao Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU) - Rede Brasil. Com isso, a proposta é somar a uma rede de empresas de diferentes segmentos no País, que estão agindo por um futuro mais sustentável e próspero. 

A iniciativa faz parte de um conjunto de ações internas e externas desenhadas pelo Comitê ESG O POVO, em parceria com o Comitê ESG Fundação Demócrito Rocha (FDR). As empresas que são signatárias do Pacto Global da ONU assumem um compromisso com a sociedade de contribuir para o alcance dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e a Agenda 2030.

Entre a metas estabelecidas pelos ODS estão assegurar os direitos humanos, acabar com a pobreza, lutar contra a desigualdade e a injustiça, alcançar a igualdade de gênero e o empoderamento de mulheres e meninas, agir contra as mudanças climáticas. Além de outros desafios do mundo contemporâneo.

A atitude mostra que O POVO segue na vanguarda fortalecendo elos, criando pontes e engajando a sociedade e multiplos públicos, como governos, setor privado, terceiro setor e demais atores. Que venham bons tempos de reflexão, ação e novas parcerias!

Experiências agregadoras

Entre os participantes do Fórum ESG O POVO empresários com negócios de todos os portes, das micro empresas à grande indústrias, executivos do setor privado, respresentantes do poder público, profisisonais liberais, pesquisadores, acadêmicos e estudantes. Todos em um só espaço, em busca do mesmo propósito: conhecer boas práticas relacionadas às questões ambientais, sociais e de governança e trocar experiências enter sí.

O primeiro painel trouxe especialias ambientais para discutir: Crises climáticas e aquecimento global - causas e efeitos para cidades, empresas e sociedade. Entre os participantes, Laiz Hérida, CEO da HL Soluções Ambientais; Luiz Drude de Lacerda, professor titular do Instituto de Ciências do Mar (Labomar), da Universidade Federal do Ceará (UFC), Elisângela Teixeira, vice-presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento de Fortaleza (Ipplan Fortaleza), e Romildo Lopes, coordenador de Meio Ambiente da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece). 

Nos cases dessa área, da YBY Soluções Sustentáveis, Solar Coca-Cola e Sociedade Comunitária de Reciclagem de Resíduos Sólidos do Pirambu (Socrelp), o grande destaque foi para Dona Nete, Francinete Cabral Lima, fundadora da Socrelp que aos 80 anos continua uma entusiasta da reciclagem e deu uma aula sobre cidania, direitos e deveres que toda a sociedade tem em relação aos resíduos que produz. Foi aplaudida de pé.

Cidadania, igualdade e transparência

PAINEL 100% feminino discutiu sobre igualdade para os minorizados(Foto: FERNANDA BARROS)
Foto: FERNANDA BARROS PAINEL 100% feminino discutiu sobre igualdade para os minorizados

 

No segundo painel, que foi debatidas questões de cunho sociais e a sua relação com o mercado de trabalho, a  secretária-executiva da Igualdade Racial do Ceará, Martír Silva, foi taxativa em afirmar que as desigualdades têm uma fundação histórica, desde a colonização do Brasil, e que isso interfere e reflete até hoje no marcado de trabalho. 

Para ela, o Fórum ESG O Povo foi um evento muito importante que reuniu variadas reflexões sobre as desigualdades e meio ambiente. "E como a superação dos riscos ambientais e sociais depende do compromisso dos diversos atores: estado, sociedade e mercado. Foi muito oportuno e necessário", ressaltou.

Também no mesmo momento estiveram Fabiana Prado, gerente de Cultura e Clima Organizacional da M. Dias Branco e Amanda Melo, articuladora do comitê de responsabilidade social da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece). Ambas mostram que é possível e necessário mitigar as diferentas raciais, sociais, de genero e idade, com exemplos na iniciativa privada e pública, respectivamente.

Também apresentaram cases na área as empresa Dell Technologies no Brasil e ArcelorMittal Pecém e o negócio de impacto do bairro Bom jardim, em Fortaleza, Giardino Buffet, que foca no empoderamento financeiro e mental das mulheres dessa região periférica de Fortaleza.

O terceiro e último painel, tratou da governança, que é a base para que as questões socioambientais tenham uma convergência dentro da agenda ESG e aconteçam mudanças de fato. Entre o bom nível de discussão que apontaram as dificuldades da implantação da agenda no Ceará, Renata Santiago, coordenadora geral do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC); Alcileia Faria, coordenadora do Núcleo ESG da Fiec, Rafael Silveira, CEO Casa Azul e Eveline de Castro Correia, diretora administrativa da Faculdade Inbec.

Para Silveira, o evento evidenciou que o ESG transcende as três siglas. "Trata-se do propósito intrínseco das empresas, indo além de ações para cumprimento de regulamentações ou para melhorar a imagem no mercado. O ESG se manifesta em pequenas atitudes que empresas de qualquer porte podem adotar. Não se trata de "quando começar", mas sim de um processo contínuo, que requer atenção constante", disse.

O executivo complementa que, a incorporação do ESG nas empresas deve ser uma prática permanente. Pequenas ações iniciais podem crescer em importância, mas o espírito de busca por uma boa relação com o ambiente, a sociedade e o mercado é um conceito com raízes históricas. "Recentemente, esses elementos se tornaram tangíveis e muitas vezes mensuráveis em termos de valor econômico", declarou.

Nos bons exemplos nessa área, a Vulcabras, empresa que foi a primeira a conseguir o Selo ESG Fiec e já está em processo de nova certificação. A Qair Brasil e o negócio de impacto com foco na periferia cearense, Social Brasilis. Para o analista da Social Brasilis, Talisson Eloia, o Fórum ESG O POVO foi maravilhoso.

"Gostei bastante de ver como as grandes e pequenas empresas conseguem aplicar o ESG na prática. Os painéis e os cases foram inspiradores, acredito que cada pessoa saiu desse encontro com seu sentimento de cidadania renovados", finalizou.

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