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Itamaraty não tem data para resgatar Luizianne
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João Paulo Biage é jornalista há 13 anos e especialista em Comunicação Pública. De Brasília, acompanha, todos os dias, os passos dos parlamentares no Congresso Nacional e a movimentação no Palácio do Planalto, local de trabalho do presidente. É repórter e comentarista do programa O POVO News e colunista do O POVO Mais

Itamaraty não tem data para resgatar Luizianne

Fontes do Ministério de Relações Exteriores ainda negociam com Israel para que a deputada seja libertada. Câmara quer que FAB busque Luizianne
FLOTILHA foi escoltada por militares israelenses para o porto de Ashdod (Foto: Saeed QAQ / AFP)
Foto: Saeed QAQ / AFP FLOTILHA foi escoltada por militares israelenses para o porto de Ashdod

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Desde a última quarta-feira, a deputada Luizianne está detida pela Marinha de Israel após tentar entrar na Palestina por um dos barcos que compõem a Flotilha Global Sumud. A missão era oficial e humanitária, no intuito de levar medicamentos e alimentos à Faixa de Gaza, mas o grupo foi interceptado por Israel e colocado em uma prisão, onde não receberam água e comida por, pelo menos, 24 horas.

Na última sexta-feira, diplomatas da Embaixada brasileira em Israel foram até o local para prestar assistência aos brasileiros e encontraram Luizianne orientada e bem. Após a negação da alimentação, alguns dos detidos ensaiaram uma greve de fome, mas a deputada cearense não seguiu o movimento.

Em contato com o Itamaraty, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, solicitou a pronta soltura de Luizianne, mas recebeu como resposta que o Brasil ainda não tem data definida para resgatar a parlamentar. Motta pediu urgência no caso, lembrou que Luizianne tem prerrogativas parlamentares em missões oficiais e pode transitar livremente em países que fazem parte da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Organização dos Estados Americanos (OEA).

Motta já solicitou, também, ao Ministério da Defesa que, caso seja necessário, busque Luizianne em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB). Itamaraty e Defesa estudam o caso.

Após susto, Guimarães volta à Câmara

"O susto foi grande", relata o líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães. Depois de passar por uma cirurgia no Coração no fim de julho e ficar afastado do Parlamento por três semanas, Guimarães seguiu o rito pós-cirúrgico de exames. Uma febre persistente, porém, o fez antecipar exames, que apontaram uma intercorrência. Por isso, ele ficou internado e de licença médica por 15 dias.

Após melhora, ele já está em Brasília e retoma as atividades de deputado federal e líder de Lula na Câmara na segunda-feira, mesmo sem estar completamente curado. "Estou quase 100%, mas pronto para retornar ao trabalho", afirmou Guimarães à coluna, que já declarou as prioridades do Governo: aprovar a Medida Provisória do programa 'Gás do Povo' e o fim da escala 6x1.

Arthur Lira foi o relator do projeto que zera o IR para que recebe até R$ 5 mil(Foto: Kayo Magalhaes/Agência Câmara)
Foto: Kayo Magalhaes/Agência Câmara Arthur Lira foi o relator do projeto que zera o IR para que recebe até R$ 5 mil

Do coice às desculpas

Fim de férias e, para minha sorte, o retorno ao trabalho se deu no dia da votação do projeto de lei que quer zerar o imposto de renda para quem recebe até R$ 5 mil. O relator da matéria na Câmara dos Deputados, o ex-presidente Arthur Lira, deixou a primeira reunião de líderes com algumas sugestões. Insatisfeito, ele andava rápido e dava respostas de forma evasiva. Algumas, acompanhadas de coices doloridos.

Antes de ele sair, alguns deputados apontaram quais seriam as mudanças no texto de Lira. Questionei se eram, mesmo, três as alterações. "Você está desatualizado, querido", respondeu com um sorriso amarelo no rosto. Outro colega ousou perguntar para onde ele iria. "Essa foi a melhor do dia, viu", disse, sem explicar o destino.

Antes de entrar no plenário, o pedido de desculpas. "Me perdoem aos senhores da imprensa, já que, às vezes, não damos informações muito precisas do que estamos construindo, porque, dos temas mais complicados que a Câmara trata e que o Senado pode tratar, são temas tributários. Eles dizem respeito à parte mais sensível do corpo humano que fica nessa região mediana da cintura, que se chama 'bolso'", brincou. O projeto, agora, segue para o Senado.

 

 

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