Vertical é a coluna de notas e informações exclusivas do O POVO sobre Política, Economia e Cidades. É editada pelo jornalista Carlos Mazza
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O evento do PL Mulher, comandado pela vereadora Priscila Costa (PL) no sábado, 22, em Caucaia, foi marcado por manifestações públicas de apoio à pré-candidatura dela ao Senado Federal em 2026. Os reforços vieram do ex-deputado Capitão Wagner (União) e da vereadora Bella Carmelo (PL).
A ex-primeira-dama e presidenta nacional do PL Mulher, Michelle Bolsonaro, participaria da agenda, mas retornou a Brasília após a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no mesmo dia.
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Correligionária de Priscila, Bella destacou a importância de ampliar a representação feminina no Congresso Nacional. "A voz da Priscila no Senado é necessária". Ela representa a força da mulher na política, a nossa liderança e a capacidade de transformar o nosso estado”, afirmou.
Também presente, o presidente do União Brasil no Ceará e ex-deputado Capitão Wagner defendeu a candidatura e ressaltou a trajetória da vereadora. Ele disse "respeitar qualquer decisão do PL" sobre a formação da chapa e classificou Priscila como "uma mulher de muita coragem e força", com "o vigor de quem luta e defende os valores da família".
Realizado na Região Metropolitana de Fortaleza, o encontro "PL Mulher Nacional no Ceará – Juntas, transformando o Brasil" acabou funcionando como um gesto de fortalecimento ao nome de Priscila para a disputa ao Senado. Michelle Bolsonaro, presidente nacional do PL Mulher, chegou a cumprir parte da agenda em Fortaleza, mas deixou o Estado de forma antecipada para acompanhar os desdobramentos da prisão do marido na manhã de sábado.
Em discurso, Priscila comentou o impacto do episódio entre apoiadores. "Hoje o povo brasileiro acordou com uma notícia que tentou nos trazer angústia. A imprensa começou a ligar achando que isso iria nos paralisar, nos fazer recuar. Mas essa multidão está aqui para dizer ao presidente Bolsonaro e à Michelle Bolsonaro que, na angústia, nasce o irmão. Os irmãos cearenses estão com você, presidente", declarou.
Michelle Bolsonaro e o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, anunciaram em junho de 2025 apoio à pré-candidatura de Priscila Costa. No entanto, o deputado estadual Alcides Fernandes (PL), pai do deputado federal André Fernandes (PL), já havia sido lançado pelo ex-presidente Bolsonaro e considerado o nome oficial do partido no Ceará.
Com a intervenção nacional no processo local, o presidente estadual do PL, André Fernandes, passou a defender a possibilidade de duas candidaturas às duas vagas em disputa. "Nós já temos dois pré-candidatos: Alcides (Fernandes) e Priscila (Costa)", afirmou em outubro, durante o evento de filiação de Ciro Gomes ao PSDB, sem detalhar a articulação.
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Antes disso, André havia dito, no podcast PPCell Cast, que as únicas vezes em que Bolsonaro mencionou a disputa ao Senado pelo Ceará foram para apoiar Alcides, sem citar Priscila.
Em meio ao impasse, outras lideranças defendem evitar divisão de votos e sugerem usar uma das vagas como "moeda de negociação" com grupos de oposição, reforçando que "o PL não pode querer tudo". A ideia é que a segunda candidatura seja utilizada para ampliar alianças e fortalecer o bloco oposicionista com lideranças do União-Progressistas, PSDB, Novo, entre outros.
por Camila Maia - Especial para O POVO
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