O "Mapeamento de iniciativas de iniciativas públicas de fomento a negócios de impacto", que será lançado hoje em Fortaleza, traz um estudo com cerca de 40 políticas públicas que existem em âmbito municipal e estadual voltadas aos negócios de impacto em Fortaleza.
Foram analisadas, pela Coalização pelo Impacto e pelo Impact Hub, 19 iniciativas, em profundidade, de públicas que atuam para fomentar negócios de impacto, direta ou indiretamente. Todas elas estão relacionadas ao Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 8, que trata de trabalho decente e desenvolvimento econômico.
Do total, 15 projetos trabalham também com o ODS 11, que trata de cidades e comunidades sustentáveis; e 13 iniciativas destacam como bado o ODS 12m que foca em consumo e produção responsáveis.
Além disso, mais de 20 iniciativas relacionadas a impacto e/ou empreendedorismo também foram mapeadas, o que para a Coalização pelo Impacto, demonstra um amplo compromisso da cidade com as pautas da Agenda 2030.
“O nível de maturidade obtido, Florescimento, corrobora a preocupação com a sustentabilidade socioeconômica refletida nas políticas e projetos implementados em Fortaleza”, diz Diogo Quitério, vice-diretor do Instituto de Cidadania Empresarial (ICE) e da diretoria da Coalizão pelo Impacto, que apresenta o estudo às 8h30, na Prefeitura Municipal.
Quitério revela que o estudo é o primeiro movimento da Coalizão para fomentar a agenda de negócios de impacto no setor público das cidades que atuam. Além de Fortaleza (CE), participam da Coalização Belém (PA), Brasília (DF), Campinas (SP), Paranaguá (PR) e Porto Alegre (RS).
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“Fizemos questão de conhecer o que já existe de iniciativas públicas ligadas ao empreendedorismo, inovação e impacto positivo. Em parceria com o Impact Hub, criamos parâmetros gerais para analisar o que foi encontrado e identificar as boas práticas que precisam ser celebradas e disseminadas nacionalmente”, afirma o vice-diretor do ICE.
Entre os programas estão o Laboratório de Inovação de Fortaleza (Labifor), criado em 2021, que faz parte da Fundação de Ciência, Tecnologia e Inovação da Prefeitura de Fortaleza (Citinova).
Para Ana Paula Viana Maia, diretora de Inovação e Economia da Criatividade da Citinova, o estudo contribui para entender melhor como estão essas iniciativas na prática. “A relevância deste mapeamento é, principalmente, conseguir enxergar o impacto que causa na vida das pessoas”, considera.
De acordo com o estudo, as soluções inovadoras atendem as principais questões da cidade, buscando atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas. Atualmente, são 11 os ODS atendidos.
A cidade tem ainda iniciativas bem específicas como o Programa Mulher Costureiram, realizado pela Secretaria Municipal do Desenvolvimento Econômico (SDE). “De todas as cidades pesquisadas, Fortaleza talvez seja a mais madura e mais aderente no apoio aos negócios de impacto”, avalia gerente de projetos Caio. Zucchinali, da Impact Hub
Outro exemplo local é o Programa Corredores Digitais criado pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior do Ceará (Secitece) há mais de 12 anos que promove o desenvolvimento de negócios inovadores.
Segundo Sarah Monteiro, gerente técnica do Programa Corredores Digitais, a proposta é apoiar os empreendedores com startups em várias fases de maturidade, levando conteúdo prático de qualidade o que possibilita conexões com atores do ecossistema.
“Esse ano, estreamos uma jornada empreendedora, exclusiva para startups de impacto positivo, preferencialmente lideradas por mulheres, em parceria com a Coalizão pelo Impacto”, conta.
Para 2024, está prevista a expansão de apoio a mais startups de impacto e a consolidação do Programa que já tem um alcance em todas as regiões de planejamento do Estado.
De acordo com o estudo, ao qual O POVO teve acesso com exclusividade, “fica evidente também a preocupação da gestão pública local com o fomento e desenvolvimento de pequenos negócios através de programas de capacitação e inclusão produtiva que não apenas fortalecem o pequeno empreendedor como também fomentam a economia local”.
Para a coordenadora da Coalização Fortaleza, Bia Fiúza, os recursos da Coalizão pelo Impacto tem sido importante para o impulsionamento dos programas de incubação e aceleração de negócios localmente.
“E para impulsionarmos estratégias e ações dentro da academia, junto as instituições de ensino superior, apoiando 200 pesquisadores, e também para realização de ações estruturantes para o ecossistema e para a geração de informação, entre outras”, analisa.