A segurança do Carnaval de Fortaleza e demais municípios da Região Metropolitana (RMF) receberá reforço de 2,5 mil homens do Exército Brasileiro. Destes, conforme a assessoria de comunicação da 10ª Região Militar, na Capital, pouco mais de 1,7 mil estarão nas ruas, auxiliando, nos festejos dos próximos dias, os agentes da Polícia Militar do Ceará (PMCE) que não aderiram ao movimento paredista.
O restante do quantitativo, informou o Coronel Leônidas, responsável pela operação na interação com a imprensa, se dedicará a atividades logísticas, ou seja, de transporte e alimentação, além do planejamento. Foliões curtirão o período em diferentes pontos da Capital.
"As Forças Armadas atuarão com prioridade na cidade de Fortaleza. Haverá deslocamentos para o Interior em situações específicas definidas pelo Comando da Operação", explicou à reportagem Coronel Leônidas.
O auxílio federal é parte da instalação da Garantia da Lei e da Ordem (GLO) solicitada pelo governador do Ceará, Camilo Santana (PT), e concedida pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O chefe do Planalto, aliás, qualificou o contexto local como "guerra urbana" e, no momento em que defendeu a vinda das Forças Armadas para o Estado, assegurou que o "bicho vai pegar". Os comentários foram feitos durante live da presidência realizada em suas redes sociais na última quinta-feira, 20.
O contingente está sob o comando do general de divisão Fernando José Soares da Cunha Mattos, que se reuniu na tarde de ontem, na 10ª Região Militar, com representantes de instituições e parlamentares a fim de comunicar detalhes da ação.
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A escalada no nível de tensionamento no Ceará, que atingiu estopim após os dois tiros sofridos pelo senador licenciado Cid Gomes (PDT), foi a razão para a chegada das Forças Armadas ao Ceará.
Um dos presentes na reunião, o deputado federal Capitão Wagner (Pros) disse que o general Cunha garantiu que os soldados "não irão intervir na manifestação de policiais e se confrontar com manifestantes".
Os soldados do Exército se somam aos agentes da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP), que já auxiliam nos serviços interrompidos com o motim da PMCE. Além deles, há ainda profissionais da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) realizando o patrulhamento.
Desde as 7 horas de ontem, o secretário de Segurança Pública do Ceará, André Costa, traçou uma estratégia para o trabalhos das forças de segurança.
Paulo Sérgio Braga Ferreira (executivo da Secretaria da Segurança Pública), Alexandre Ávila (comandante-geral da PMCE), Marcus Vinicius Rattacaso (delegado geral da Polícia Civil) e coronel Luís Eduardo Soares de Holanda (comandante-geral do Corpo de Bombeiros) também se esforçaram neste sentido. (colaborou Henrique Araújo)