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André Fernandes deve comandar Patriota no Ceará; Samuel Braga não confirma mudança
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André Fernandes deve comandar Patriota no Ceará; Samuel Braga não confirma mudança

Jair Bolsonaro está perto de fechar com á legenda, mas ainda não tem definição conclusiva. Fernandes e Inspetor Alberto são bolsonaristas que o acompanharão para onde for
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 Inspetor Alberto e o deputado André Fernandes na Assembleia. Alberto, hoje vereador, já passou pela chefia do gabinete de Fernandes. São fiéis aliados (Foto: Reprodução/Instagram)
Foto: Reprodução/Instagram  Inspetor Alberto e o deputado André Fernandes na Assembleia. Alberto, hoje vereador, já passou pela chefia do gabinete de Fernandes. São fiéis aliados

A possibilidade mais forte é de que o comando do Patriota no Ceará fique com o deputado estadual André Fernandes, hoje no Republicanos. O POVO apurou que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deve dar a ele o controle do partido no Ceará, caso se torne mesmo filiado. Ele está próximo de entrar na legenda, seguindo o filho primogênito, o senador Flávio Bolsonaro (Patriota). Mas essas conversas ainda não foram inteiramente concluídas.

O atual dirigente da agremiação no Ceará é Samuel Braga, ex-candidato a prefeito de Fortaleza, segundo quem ainda “estamos aguardando uma definição sobre a filiação do presidente.” Fernandes não respondeu às tentativas de contato do O POVO.

Questionado sobre se simpatiza com a ideia de que Bolsonaro integre a sigla, assumindo condição de principal prócer, ele respondeu unicamente que a definição foi tomada em convenção nacional nessa segunda-feira, 31, e, dessa forma, “temos que acompanhar a decisão da maioria”.

Fortaleza - Ce , Brasil, 16-10-2020:  Samuel Braga, candidato a prefeito de Fortaleza pelo (Patriota) (Foto: Júlio Caesar / O Povo)
Foto: JÚLIO CAESAR
Fortaleza - Ce , Brasil, 16-10-2020: Samuel Braga, candidato a prefeito de Fortaleza pelo (Patriota) (Foto: Júlio Caesar / O Povo)

Braga disse que ainda não recebeu notícias de que Fernandes deverá assumir função que hoje é sua. “Ainda não temos essas informações”, limitou-se a responder. Ex-vereador de Fortaleza, o presidente do Patriota é conhecido por empunhar bandeiras relacionadas à defesa do Meio Ambiente.

Na campanha ao Paço Municipal, em 2020, o carro-chefe de seu discurso foi o de uma cidade sustentável. Ele, porém, não apresentou nenhuma objeção a Bolsonaro quando indagado em sabatina do O POVO com candidatos. A agenda ambiental do Governo Federal é uma das mais contestadas Brasil afora.

O Partido Ecológico Nacional (PEN) veio a se transformar em Patriota em 2017. Já teve conversas com Bolsonaro sob a antiga identidade até o militar fechar com o PSL para disputar a Presidência em 2018.

André Fernandes é o político cearense mais próximo ao Palácio do Planalto atualmente. Ele ainda não pediu desfiliação do Republicanos, legenda gerida no Estado pelo vereador em Fortaleza Ronaldo Martins e pelo deputado estadual David Durand, vice-presidente.

O partido abrigou Flávio e Carlos Bolsonaro quando a família deixou o PSL. O pai preferiu ficar sem partido. Caso se filie ao Patriota, Bolsonaro provavelmente disputará a eleição presidencial por ele. Antes de tomar a decisão, deve conversar com deputados federais aliados, disse uma fonte ao O POVO.

Outros políticos cearenses com pontes com Brasília são Delegado Cavalcante (PSL), deputado estadual, e Inspetor Alberto (Pros) e Carmelo Neto (Republicanos), vereadores de Fortaleza.

“Na verdade, se o Bolsonaro ficar no Patriota, sim. Vou juntamente com André e outras pessoas para o partido, mas é melhor aguardar mais um pouco porque, você sabe, tem hora que está, tem hora que não está, mas vamos aguardar mais um pouco aí”, disse Alberto ao O POVO sobre o dinamismo dessas negociações.

Diferentemente do PSL, a máquina partidária Patriota não tem a mesma força financeira. Na onda Bolsonaro, há três anos, vários deputados federais foram eleitos. Isso fará com que o PSL tenha direito a fatia mais polpuda do fundo partidário no próximo ano.

Bolsonaro rompeu com o deputado federal Luciano Bivar (PE), presidente nacional do PSL, em outubro de 2019, abrindo no partido uma ala bolsonaristas e outra, bivarista.

Heitor Freire, dirigente do PSL no Ceará, ficou com o pernambucano e perdeu contato com o presidente. Freire é rompido com Fernandes, Cavalcante e Alberto, mas tem conversas com Capitão Wagner (Pros) - apoiado por esses três para o Governo do Ceará - para que o policial militar da reserva se filie ao partido.

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