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Forças da oposição intensificam contatos para garantir palanque forte no próximo ano
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Forças da oposição intensificam contatos para garantir palanque forte no próximo ano

Nos últimos dias houve vários encontros com objetivo de ajustar interesses. Bolsonaro acompanha tudo e tenta influir nas decisões
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WAGNER, André e Roberto Cláudio, aproximação começou na campanha de 2024 (Foto: FERNANDA BARROS)
Foto: FERNANDA BARROS WAGNER, André e Roberto Cláudio, aproximação começou na campanha de 2024

Mesmo com a derrota para o PT na eleição para a Prefeitura de Fortaleza em 2024, a oposição conseguiu juntar num mesmo palanque lideranças até então nunca antes vistas em torno de uma mesma candidatura. Capitão Wagner (União) e Roberto Cláudio (PDT) participaram da campanha de André Fernandes (PL).

Desde então o grupo busca se manter unido para conciliarem suas forças, desta vez visando a eleição de 2026 onde estarão em disputa os cargos de governador, dois para o Senado Federal, além das bancadas de deputados no Ceará e em Brasília.

Com o resultado das urnas, o deputado federal André Fernandes saiu como a principal força da oposição. O sucesso eleitoral também se deu em 2018 e em 2022 quando foi o mais votado no Estado. Apesar disso, o bolsonarista se manteve mais distante dos holofotes pós-pleito em Fortaleza.

Tendo foco maior em pautas nacionais, ele primeiramente disse que o PL iria ter candidaturas tanto pra governador como as duas do senado. O ex-presidente Jair Bolsonaro lançou o pai de André, o deputado estadual Alcides Fernandes para a Casa Alta.

Na impossibilidade de ser candidato ao Governo ou ao Senado por não ter a idade mínima, o deputado prioriza a vaga do pai e é crucial na decisão de quem irá ser o nome do Executivo pelo bloco. Já foram citados Roberto Cláudio, Moses Rodrigues (União) e Glêdson Bezerra (Podemos), com um favoritismo pendendo pelo hoje pedetista por estar mais próximo de André.

O parlamentar retornou as articulações na última semana quando recebeu três deputados estaduais do PDT, Antônio Henrique, Lucinildo Frota e Queiroz Filho. Além disso, ele mantém contato constante com o ex-prefeito de Fortaleza, RC.

Logo após se encontrarem com André, os parlamentares tiveram uma reunião com RC e o ex-secretário da Saúde, Dr. Cabeto, onde discutiram sobre pautas e alinhamento, principalmente na área da saúde. No dia seguinte eles participaram de manifestação contra a transferência do Hospital José Martiniano de Alencar.

RC, segundo contam aliados, está "animado" com a possibilidade de novamente tentar a eleição de governador do Ceará. Ele se aproximou de André Fernandes durante a campanha no ano passado e teria o aval do bolsonarista para sua empreitada rumo ao Palácio da Abolição.

oberto ainda está no PDT, partido quase em sua totalidade base de Evandro Leitão (PT) em Fortaleza e do presidente Lula (PT), mas icógnita a nível estadual. Porém, o ex-prefeito está bem encaminhado para se filiar ao União Brasil, hoje presidido no Ceará por Capitão Wagner.

Wagner saiu enfraquecido após amargura sua quarta derrota consecutiva a um cargo majoritário e ter ficado em quarto lugar. Além disso, os atritos com André durante a campanha ainda são marcas que os distanciam.

A princípio, Capitão é cotado para ser candidato a deputado federal. Ele chegou a ser ventilado para fazer uma dobradinha sendo vice em uma chapa ao Governo liderado por Roberto Cláudio, puxando a pauta da segurança pública.

A ida de RC ao União facilitaria inclusive um alinhamento entre a sigla e Fernandes. O partido está prestes a se federar com o PP, tornando assim uma força ainda maior tendo a maior bancada do Congresso Nacional, devendo também levar deputados estaduais que hoje estão no PDT.

Sem pretensões de disputar cargos políticos, embora seja citado para concorrer ao Governo do Ceará, Ciro Gomes não tem sido peça de grande destaque nas articulações da oposição, embora faça sempre duras críticas as gestões do PT.

O ex-governador chegou a se encontrar com André Fernandes recentemente, porém não deverá fazer aparições públicas em um primeiro momento juntamente de outras lideranças. Seu contato maior é com Roberto Cláudio, mas afastado de reuniões mais amplas do bloco.

á o ex-prefeito José Sarto (PDT) movimenta-se paralelamente também atacando os governos petistas. Ele admite a possibilidade de ser candidato a algum cargo em 2026 e diz estar a disposição do seu partido. Aliados e interlocutores ainda não o colocam no páreo dos principais articuladores ou de forças para 2026.

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