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Grupo Alyne: do quintal de casa para a liderança no setor
Reportagem Seriada

Grupo Alyne: do quintal de casa para a liderança no setor

| Paulo Gurgel | Ao lado dos três filhos mais velhos, o diretor fundador da empresa segue ampliando mercado e investindo em tecnologia. Da infância os aprendizados e lições de quem começou a trabalhar cedo para ajudar os pais e os irmãos
Episódio 7

Grupo Alyne: do quintal de casa para a liderança no setor

| Paulo Gurgel | Ao lado dos três filhos mais velhos, o diretor fundador da empresa segue ampliando mercado e investindo em tecnologia. Da infância os aprendizados e lições de quem começou a trabalhar cedo para ajudar os pais e os irmãos
Episódio 7
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Filho do Maranguape, Região Metropolitana de Fortaleza, "com muito orgulho", Paulo Gurguel criou a Cigel há 36 anos nos fundos da sua casa quando os filhos tinham poucos anos de vida e foram criados todos juntos com a empresa. A história deles e dos negócios é uma só para a família.

Paulo Gurgel começou a trabalhar cedo(Foto: AURÉLIO ALVES)
Foto: AURÉLIO ALVES Paulo Gurgel começou a trabalhar cedo

Quinto filho de nove soube desde cedo que tinha de trabalhar para ganhar o mundo. Entre as inúmeras atividades inusitadas chegou a ser modelo da mãe, costureira, e cobrador do pai quando ele tinha um caminhão e dava “carona” para as pessoas que precisavam de transporte, escasso à época.

Também já acordou de madrugada, muitas vezes, para cuidar da lanchonete que o pai abrira e que deixou com ele e seus irmãos quando teve de ir trabalhar fora do Estado. Paulo vendeu muitas coisas, até carnê do Baú "É uma empresa pertencente ao empresário Silvio Santos, em que se paga o carnê e concorre a sorteios diários para participar dos programas de TV e ganhar prêmios." (da Felicidade). E foi seminarista na adolescência para atender um desejo da mãe, mas não deu certo por falta de vocação.

Na capital cearense chegou aos 16 anos por necessidade familiar. Já em Fortaleza foi trabalhar com o pai na empresa de transporte de carga.

Com a emancipação antecipada à época, aos 18 anos, abriu um negócio já mostrando a veia empreendedora, mas quebrou aos 23 e foi trabalhar para os outros. Mas, no paralelo, abriu sua empresa de cosméticos.

Alyne, Adriana e Raul com o pai na empresa(Foto: AURÉLIO ALVES)
Foto: AURÉLIO ALVES Alyne, Adriana e Raul com o pai na empresa

Com toda essa bagagem, o que sempre guardou dos pais eram valores de honestidade e respeito aos mais velhos, as pessoas, as religiões e as diferenças. E ter sempre boas parcerias. Além de repassar isso aos filhos e netos, colocou na empresa os mesmo princípios.

Aliás, filhos estes que desde crianças acompanharam e ajudaram a fazer da Alyne Cosméticos uma das líderes em alguns produtos que produz e, ainda, forte nome no segmento de cosméticos. Consenso entre eles é fundamental para tomar cada decisão que nunca é imposta de nenhuma parte.

A sucessão segue sendo estruturada há 20 anos e Paulo se considera “ cabra "homem" ” de sorte por cada filho ter vocações diferentes que se complementam. Juntos podem tocar os negócios e continuar a dar vida à "terceira filha mulher" de Paulo Gurgel, como carinhosamente o empresário se refere à própria empresa.

 

 

Conheça os números da empresa

O POVO - Quais suas primeiras recordações de infância? Onde e como foi a primeira fase da sua vida?
Paulo Gurgel - Vou começar falando da minha origem, minha origem é Maranguape. Minha família é ali do distrito de Sapupara e meu pai era agricultor, depois tornou-se motorista de caminhão.

Minha mãe era do lar e depois transformou-se costureira. Eu sou o quinto filho de uma prole de oito e ainda tem mais um de criação, na realidade somos nove.

Aos cinco, seis anos, fomos para a cidade do Maranguape e meu pai ganhou o mundo viajando de caminhão, fazendo fretes e viajando por esse Brasil todo. E minha mãe na máquina de costura.

Nós fomos acostumados a trabalhar desde cedo. Houve momentos que eu servi até de modelo para minha mãe, ela ia fazer roupas aí me chamava e pedia para eu colocar para ver se ficava direitinho.

E eu também saía muito com meu pai pra ir nas vacarias entregar capim... De madrugada... Ajudava a descarregar o caminhão, quando voltava, naquele tempo não tinha transporte, não tinha ônibus, praticamente não tinha, e era muito em cima de carroceria de caminhão e na volta ele passava ali na Parangaba e subia várias pessoas no caminhão e eu era um cobrador.

Eu vinha em cima da carroceria cobrando. Minha infância foi toda assim e depois o meu pai vendeu o caminhão, colocou um frigorífico que não deu certo, transformou numa lanchonete. Ele foi trabalhar fora do Estado e nós ficamos cuidando da lanchonete.

Paulo Gurgel na linha de produção da empresa(Foto: AURÉLIO ALVES)
Foto: AURÉLIO ALVES Paulo Gurgel na linha de produção da empresa

O POVO – E como era essa rotina?
Paulo – Acordava três horas, quatro horas da manhã para fazer café, tapioca, aquela coisa toda para esperar os passageiros do primeiro ônibus que vinha para Fortaleza às cinco horas da manhã.

E isso eu fiz até os 16 anos. Teve um período também, entre a escola que eu estudava à noite, que passei no seminário, pois minha mãe tinha um sonho de ter um filho padre e me elegeu para isso. Mas felizmente ou infelizmente eu não tive essa vocação, mas tenho o coração de um.

O POVO – Chegou a ter mais atividades?
Paulo – Sim. Vendi cocadas no mercado, balas na porta do cinema. Então, aos meus 16 anos, a família não tinha mais como se sustentar em Maranguape e meu pai já trabalhava em Fortaleza, meus irmãos mais velhos também estudavam em Fortaleza e nós nos mudamos.

Fui trabalhar como vendedor, trabalhei em escritório de representação, também em escritório de contabilidade, mas na área comercial. Também vendi carnê do Baú.

Mas depois fui trabalhar novamente com meu pai que estava em transporte de cargas. Ele abriu uma pequena transportadora e me levou para ser o cobrador.

Criei gosto pelo negócio e aos 18 anos ele me emancipou e abri meu próprio negócio. Mas era muito novo, sem experiência e não escutava ninguém e eu quebrei aos 23 anos.

O POVO - E o que fez depois?
Paulo – Fui trabalhar na antiga Rio Poty "Era uma empresa de transporte de cargas em geral" e lá passei 10 anos, mas com sete anos que eu estava lá eu abri a Cigel Cosméticos.

O POVO - O que seus pais passaram para o senhor de mais relevante?
Paulo – A empresa já foi criada em valores muito fortes, que eu vi toda a minha infância e adolescência e início da fase adulta.

Valores de honestidade e respeito aos mais velhos, as pessoas, as religiões e as diferenças. Trago isso muito forte no meu sangue. Meu pai também dizia que você tem que montar parcerias.

Você tem que ser parceiro. Tudo que você fizer pautado nestes dois valores vai ter sucesso. Exemplo é minha saída da empresa que foi mais de um ano de aviso prévio. Trabalhei mais de 20 horas por dia, muitas vezes.

O POVO  -Como foi a decisão criar a Cigel?

Paulo – A decisão de abrir a Cigel (Comercial Industrial Gurgel Ltda) começou muitos anos antes de abri-la e aquela transportadora que tive e não fui bem-sucedido foi um dos maiores sucessos que tive na vida, porque lá foi meu maior aprendizado.

O empresário quando não é bem-sucedido numa empreitada ele ganha experiência e conhecimento. Eu passei 12 anos me preparando para abrir um negócio que nem eu sabia qual era, mas sabia que iria abrir. Pensei em uma série de coisas.

Ainda no emprego formal notei que transportava muitos produtos para supermercados, armazéns generalistas, tinha acesso a todo o Nordeste e conheço todos os 184 municípios do Ceará, as pessoas e construí relacionamentos.

O POVO – E como partiu para ação?
Paulo - Quando chegou na época do Plano Cruzado, Governo Sarney, em 1986, começou a faltar produto em gôndola e era aquela loucura, não tinha nada e pensei... O momento é este! Vou abrir uma empresa e vou fabricar desinfetante.

Aí comecei a fabricar o desinfetante da marca Limpinho, que esta marca ainda hoje é nossa. Passei um ano fabricando limpinho no quintal na minha casa e depois eu percebi que não era isso que eu queria.

Então eu comecei a fabricar shampoo, nosso primeiro produto, depois condicionador, água oxigenada cremosa... Três anos depois saí da transportadora e me dediquei 100% a Cigel.

O POVO – E como conseguiu tudo isso?
Paulo - Logo no início, lembro que era o mês de outubro, eu peguei uma velha máquina de escrever, pois eu não tinha dinheiro para contratar o contador, eu mesmo digitei o contrato social.

Eu mesmo fui na Junta Comercial (Jucec) e dei entrada no endereço da minha casa e comecei a trabalhar. Só que me deparei com o meu primeiro problema, era um dinheiro para começar, como começar? Dentro dos valores, meu pai me transferiu e vem a história da gratidão.

Tenho alguns amigos que eu tenho uma eterna gratidão como, por exemplo, o (Antonio) Costa, da Quadricolor "Artes Gráficas Quadricolor é uma empresa gráfica sediada em Fortaleza no Ceará, atuando na área de festas e eventos, convites e divulgação." , foi o primeiro amigo que chegou junto e disse: 'Você já tem a logomarca da tua empresa?'. Eu disse que não tinha. 'Então vou fazer para você', disse. Ele fez depois e me entregou uns cem envelopes e o papel timbrado.

'Você não me deve nada... É a ajuda que te dou e pode começar'. Eu digo: "Peraí! Eu ainda não tenho dinheiro para começar."

Naquela época buggy era um artigo de luxo e estávamos perto do Carnaval. O Costa me disse: 'Vende!'

Vendi para o meu chefe da transportadora, pois ainda estava por lá.

Também tenho mais dois amigos que já são falecidos que é o Tarcílio Pimentel e o Juvenal "Donos da empresa Glicerin do Brasil" , sócio dele, que me venderam as primeiras embalagens em consignação. Só na credibilidade.

Tenho a gratidão por essas pessoas e por muitos clientes do Interior que me compraram dez caixas e pagaram à vista para eu poder fabricar e entregar. A empresa propriamente dita começou aí.

O POVO - Por que a troca de Cigel para Alyne Cosméticos?
Paulo - Porque é a nossa principal marca. Se você chegar hoje no mercado e falar em Cigel só quem conhece são os nossos clientes, mas se você falar Alyne todo mundo conhece a Alyne Cosméticos, que é uma marca que está há trinta e seis anos no mercado fazendo sucesso.

Tenha gratidão por todos, em especial pelos clientes de todo o Nordeste. Chego a comentar com meus amigos: nós não somos uma indústria de cosméticos, nós somos uma indústria de parceria que, por acaso, fabricamos cosméticos. Mais de 50% dos nossos clientes hoje iniciaram conosco.

O POVO – O nome foi uma homenagem para sua filha Alyne?
Paulo – Sim. Eu tinha que ter um marca, pensei e pensei e à época as marcas de shampoos que existiam no mercado eram nomes de mulheres. Aí eu digo: "Por que não Alyne?"

E registrei essa marca e é a nossa principal marca hoje. Tenho duas filhas biológicas e tenho a filha de criação que é a Alyne Cosméticos.

O POVO - Quais as principais evoluções da marca ao longo destas três décadas?
Paulo - Essa evolução se deu desde que resolvemos fazer mídia. Toda vida fui muito aberto à questão de mídia, sempre gostei muito de publicidade. Comecei anunciando no programa Irapuã Lima, era o imitador do Chacrinha.

Aí a venda começou a crescer, começamos a colocar produto nos salões de beleza e a marca começou a ficar conhecida. Depois que começamos aí conheci o saudoso Assis Santos e conversei com ele, que começou a fazer nossas mídias de forma mais elaborada.

Criei um jingle “A loirinha passa Alyne, a Moreninha passa Alyne....” (cantando)

Jogamos na mídia, patrocinar rádios, o som nas praias. Nós nos tornamos líder em água oxigenada. Resolvi fazer uma pesquisa, 1991, por aí, para saber mais.

Percebi que apareceu um fenômeno. A pesquisa apontou que nós tínhamos mais de 80% da preferência em marca de água oxigenada. Pesquisei outros produtos e apareceu mais de 15% em acetona e eu não tinha. Aí eu lancei a acetona e em menos de um ano a gente já estava liderando, puxado pela água oxigenada.

O POVO - Qual foi o seu momento mais marcante na carreira?
Paulo - O principal deles foi em 1993. Eu, naquela ânsia de crescer, comecei a me endividar e comecei a correr para banco e descontando título, descontando cheque pré-datado e tal, cheguei a uma conclusão: que ia quebrar.

Naquela época eu tinha 37 funcionários e eu estou pagando juros e não estou ganhando suficiente. Estava na linha de fechar, tomei uma decisão: demitir 17 funcionários de um dia pro outro.

Dobrei minha tabela de preço, com isso, a minha venda caiu e eu parei de descontar título em banco. Deixei a empresa do tamanho do capital que tinha. No primeiro momento ela encolheu e depois ela partiu para o mercado.

Aí o ano seguinte entrou o Plano Real e tivemos um crescimento muito grande, foi quando comprei esse terreno aqui, construí essa fábrica que ela já vai na terceira ou quarta ampliação. Chegamos aqui com 45 funcionários e hoje temos mais de 260. Estamos nesse momento em franco crescimento.

 

 

Conheça o legado familiar: descendentes

Filhos: Alyne, Adriana, Raul e mais dois menores de idades

O POVO - Quando surgiram os primeiros assuntos de negócios na família?
Paulo – Quando a empresa nasceu, meu filho mais novo tinha um ano e meio; Adriana perto de três anos e Alyne de cinco para seis. Nasceu no fundo de quintal e eles foram vendo a gente trabalhando. A mãe deles também trabalhando junto.

Eles já me viam ir para a transportadora e à noite, de madrugada, nos fins de semana eu trabalhando na empresa. Eles foram criando essa raiz. Pequeninhos eles ajudam a lavar o local, os equipamentos. Para eles aquilo era uma festa.

Raul ajudava a carregar a mercadoria para o carro nos carrinhos dele. Alyne pegava um bloco e passava a limpo os pedidos desde 8 anos; Adriana ajudava a colocar rótulos. Eles criaram esse carinho e amor pela empresa. E quando mudamos para o primeiro galpão nas férias escolares eu os levava para trabalhar comigo.

Pensei a vida toda em criar uma empresa para os meus filhos, naquela época, emprego era difícil. Existiam mais concursos só. Fui introduzindo e mesmo sem saber já estava fazendo a sucessão.

Me considero o cabra mais sortudo do mundo, porque tenho uma filha que tem vocação para administrativo e financeiro, a Alyne; a Adriana para marketing, criação e desenvolvimento; e o Raul para cuidar da indústria e do comercial.

Ele é organizado e pensa estruturado. Hoje eu cuido da parte estratégica e fiscal da empresa. 

O POVO - De que forma os filhos foram somando aos negócios?
Paulo - A medida que eles foram entrando na faculdade e começaram a trazer as ideias deles pra cá, então eles traziam muita coisa que eu dizia que só funciona no livro e não funciona no chão de fábrica. Isso funciona para Toyota e Mitsubishi, mas para uma empresinha do tamanho da nossa não.

Tive uma resistência muito grande e tivemos alguns embates, por quê? Porque eles queriam trazer o que aprenderam na faculdade e eu queria trabalhar o que eu tinha. Chegou um momento que falei para um deles: "Vamos entrar num acordo? Você pega o que você aprendeu na faculdade, você pega a minha experiência e coloco sua técnica em cima, que aí eu tenho certeza de que vai dar uma coisa muito boa."

Neste dia acabaram-se os meus embates com ele. A mesma coisa aconteceu com a Adriana no marketing e com a Alyne no financeiro. Contratei a Gomes de Matos Consultoria para fazer a chegada deles na empresa, isso há 20 anos, eles eram adolescentes.

Eles entraram como auxiliares fazendo trabalho na base, foram encarregados de setor e hoje são diretores e os três juntos tocam a empresa muito bem.

O POVO - O senhor ainda é novo e está na ativa, mas já fez planos sobre sucessão e aposentadoria?
Paulo – Já sim. A sucessão começou há 20 anos sem uma estruturação e sem a consciência, mas como sou um eterno aprendiz e observo muito o que está ao meu redor, observei que as empresas quando chegam aos 30 ou 40 anos têm a crise de sucessão delas e se acabam.

Nesse momento contratei um instituto para fazermos o trabalho de base e depois a Fundação Dom Cabral (FDC). Estamos fazendo esse trabalho de sucessão. Tudo o que fazemos hoje é em consenso.

O POVO - O Grupo Alyne já tem mais de mil clientes ativos no Norte e Norte. Quais os planos?
Paulo - Nossa estratégia sempre foi trabalhar o Norte e o Nordeste. Temos muitas lacunas para trabalhar e não dá para focar a Brasil inteiro, o nosso Nordeste é muito grande.

A exportação não é um foco, porque é um nicho de mercado totalmente diferente do nosso, com muitas influências políticas.

No mercado, somos líder no Ceará e no Amazonas, estamos em todos os estados do Nordeste. Temos condições de multiplicar nossa fábrica várias vezes até fechar o Nordeste da forma como nós fechamos aqui, o Rio Grande do Norte e o Amazonas.

O POVO - Como está sendo esse ano para os negócios? Como deve fechar 2022 em relação à produção e ao faturamento?
Paulo – Foi um ano muito desafiador. Com pandemia, guerra, problema de ruptura de muitas matérias-primas e os preços dispararam. A gente tem que ter molejo e ver a tecnologia. Em 2021 nós investimos em máquinas envasadoras de maior tecnologia e continuamos esse investimento e estamos recebendo agora mais duas máquinas sopradoras.

Tudo totalmente enquadrado dentro do nosso programa de ESG, o que existe de mais moderno no mundo, são máquinas elétricas que não consomem óleo e consomem energia 40% menor do que de qualquer outra máquina.

Nós fizemos investimento muito pesado para trazer esses equipamentos, porque estamos acreditando no mercado. Eu cego para isso e olho e foco no mercado e no consumidor. Quando olho os nossos produtos do passado e os de hoje, mando para laboratório, faço pesquisa de preço do nosso concorrente em relação ao nosso, a qualidade do nosso concorrente em relação ao nosso, nós temos um dos melhores custos-benefícios do mercado, porque eu não vou atrás do lucro, eu vou atrás da perfeição.

O POVO - O senhor acha que dá para fechar em quanto o crescimento deste ano?
Paulo – Fechamos esse ano com crescimento de 15%. No Nordeste ainda temos condição de triplicar o nosso antes de sair para o Sul e Sudeste.

O POVO – E sobre investimentos?
Paulo - Temos muitos investimentos previstos para o próximo ano e estamos analisando até o fechamento do ano, porque nós estamos em plena construção da estratégia de 2023, baseado nos novos equipamentos.

Vamos reavaliar metas de produção da fábrica, estudar e valorar. Mas para ter uma ideia 50% do nossos lucros sempre foram destinados a investimentos.

O POVO – Como o Grupo Alyne contribui para o legado industrial e econômico do Ceara?
Paulo - Somos hoje, digo com muita humildade, mas cheio de orgulho, a maior indústria de higiene e de cosmético nordestina.

Somos uma referência para o Nordeste, inclusive, somos líderes em algumas áreas e temos uma representatividade que eu não sei traduzir isso em números, eu não me preocupo com isso.

Me preocupo com esse amor e esse carinho pelo mercado. E o quanto de energia utilizamos para o bem-estar e do nosso consumidor. 

 

 

Linha do tempo

 

 

 

Bastidores

 

Entrevista

Os primeiros contatos foram iniciados com Paulo Gurgel diretamente, que aceitou de prontidão o convite. Posteriormente passou para assessoria para alinharmos detalhes.

Depois de algumas mudanças de endereços ficou decidido que toda a gravação seria na própria fábrica em Caucaia.

A dúvida seria a participação de todos os filhos por questão de timidez, mas no dia todos estavam dispostos e acompanharam a entrevista do pai, as sessões de fotos e filmagens pela fábrica.

 

Fábrica

Para adentrar ao espaço da fábrica eu e a equipe de audiovisual tivemos que utilizar os equipamentos de EPIs e constantemente se aproximava o responsável técnico de segurança para ver se estava tudo certinho.

Quando fomos gravar no escritório do Paulo todas as fotos dos filhos pequenos e dos netos foram retiradas para preservar os menores de idade a pedido da família.

 

 

Projeto Legados

Essa entrevista exclusiva com o sócio-fundador do Grupo Alyne para O POVO dá sequência ao projeto Legados: A tradição familiar como pilar dos negócios.

São dez entrevistas nesta primeira temporada com grandes empresários para contar a base que sustenta seus princípios, valores e tradições familiares que estão sendo passados para as novas gerações. E, ainda, o legado empresarial para o Ceará.

No próximo episódio, conheça a história da indústria de energias renováveis Servtec. Lauro Fiuza, a esposa Beatriz e a filha Bia concedem entrevista ao O POVO.

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Expediente

  • Direção de Jornalismo Ana Naddaf e Erick Guimarães
  • Edição OP+ Beatriz Cavalcante e Regina Ribeiro
  • Edição de Design e Identidade Visual Cristiane Frota
  • Edição e coordenação do Núcleo de Imagem Chico Marinho
  • Edição de Fotografia Júlio Caesar
  • Texto Carol Kossling
  • Recursos Digitais Beatriz Cavalcante
  • Fotografias Aurelio Alves e Júlio Caesar
  • Produção Geral Carol Kossling
  • Recursos audiovisuais Arthur Gadelha (direção audiovisual e roteiro); Aurélio Alves (direção de Fotografia), Júlio Caesar (direção de fotografia) Luana Sampaio (direção audiovisual), Carol Kossling (produção e reportagem); Samya Nara (produção); Raphael Góes (edição) e Abdiel Anselmo (edição).
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