Sarto rebate Evandro e alfineta Elmano em relatório da transição
Henrique Araújo é jornalista e doutorando em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará (UFC), com mestrado em Sociologia (UFC) e em Literatura Comparada (UFC). Cronista do O POVO, escreve às quartas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades, editor-adjunto de Política e repórter especial. Mantém uma coluna sobre bastidores da política publicada às segundas, quintas e sextas-feiras.
Para Sarto, “o novo governo contará com uma gestão fiscal equilibrada” e “recursos financeiros garantidos para manter o nível de investimentos”.
No documento, que tem 68 páginas e detalha o quadro deixado por Sarto após os últimos quatro anos, o pedetista garante que o cenário ao fim do mandato é de “serviços públicos ampliados e arcabouço tecnológico que proporcionará aos gestores viabilidade para desenvolver as ações necessárias e focar no enfrentamento dos desafios que o município de Fortaleza tem pela frente”.
O resultado do trabalho elaborado pela equipe comandada por Renato Lima, ex-chefe de Gabinete de Sarto, contesta abertamente essa tese.
Na conclusão do relatório, por exemplo, o grupo do ex-prefeito considera que “a atual gestão (Sarto) vivenciou dois anos da maior crise econômica, política e sanitária do Brasil e ainda assim foi eficiente para mitigar os impactos no município”.
“O ano de 2025 será desafiador”, continua o documento, “uma vez que o quadro persistente de baixo crescimento da economia brasileira, o empobrecimento absoluto e relativo da última década, a crise fiscal do Estado Brasileiro e a incerteza para os próximos anos evidenciam a necessidade de estabelecer prioridades”.
Em seguida, o relatório alfineta Evandro ao afirmar que o novo prefeito terá como principal desafio “estratégico e operacional” alcançar “sustentabilidade financeira e recursos”.
Sarto avalia que o petista precisará dispor de “articulação para a captação de novas fontes de financiamento junto ao Governo Federal e organismos internacionais”.
Finalmente, cita indiretamente o governador Elmano de Freitas (PT) ao registrar que o aliado do chefe do Abolição vai encarar necessidade de “regularização de pendências de repasses estaduais”, sugerindo que o sucessor de Camilo Santana (PT) interrompeu pagamentos ao município.
Um dos principais motivos de atrito entre Sarto e Elmano nos últimos dois anos se deu exatamente por causa de repasse de ajuda financeira do Estado, suspensa pelo Governo por razões políticas, conforme entendimento dos aliados do ex-prefeito.
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