Enquanto em Fortaleza e na Região Metropolitana Capitão Wagner (União Brasil) e Roberto Cláudio (PDT) estão tecnicamente empatados na disputa pelo governo do Ceará, no interior do Estado o candidato apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) lidera o atual cenário. É o que mostra a pesquisa eleitoral realizada pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) entre os dias 30 de julho e 2 de agosto e divulgada nesta quinta-feira, 4.
O instituto ouviu mil pessoas com 16 anos ou mais, sendo 41% delas da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) e 59% do Interior. Na Capital e Região Metropolitana, Capitão Wagner contabilizou 40% das intenções de votos entre os entrevistados, enquanto o ex-prefeito da Capital, apoiado pelo presidenciável Ciro Gomes (PDT), somou 34%. A diferença foi de 6 pontos percentuais, o que fica caracterizado como empate técnico dentro da margem de erro de 3,2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Nos municípios do Interior, onde se concentra a maioria dos entrevistados, o cenário muda e a diferença entre os candidatos cresce para 14 pontos percentuais. Capitão Wagner tem, no Interior, 37% das intenções de voto, e Roberto Cláudio, 23%.
Nos dois cenários Elmano Freitas (PT), apoiado pelo ex-governador Camilo Santana (PT) e pelo ex-presidente Lula (PT), está em terceiro lugar. Na Região Metropolitana de Fortaleza, ele tem 15% das intenções de voto. No interior do Ceará, 12%.
Ao analisar os dados da pesquisa entre os entrevistados da Região Metropolitana de Fortaleza e do Interior, percebe-se que os candidatos têm uma queda no percentual de intenção de votos.
Mas dois índices chamam atenção pelo aumento: os chamados “não votos” — quem ou respondeu “nenhum, branco ou nulo”, ou optou por “não sabe ou não respondeu”. No Interior, o percentual deles também é maior do que na RMF.
Essa pesquisa foi realizada pelo Instituto de Pesquisas Sociais Políticas e Econômicas (Ipespe), no período de 30 julho a 2 de agosto de 2022, com amostra estadual de mil entrevistados, representativa do eleitorado do Ceará, de 16 anos e mais,
de todas as regiões, por telefone, via sistema Cati Ipespe.
A margem de erro máxima estimada é de 3,2 pontos percentuais para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95,5%. Percentuais que não totalizem 100% são decorrentes de arredondamento ou de múltiplas alternativas de resposta. A pesquisa foi contratada pelo O POVO e está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com os números BR-03845/2022 e CE-01693/2022.
Pelo período de aplicação, a pesquisa foi realizada considerando algumas indefinições no cenário político cearense e antes de algumas decisões serem formalmente anunciadas. É o caso da candidatura de Adelita Monteiro ao governo do Estado pelo PSOL. Nesta quarta-feira, 3, Adelita anunciou a retirada da candidatura para apoiar Elmano Freitas, do PT.
Entre os candidatos ao Senado, o médico e ex-secretário da Saúde filiado ao PSDB, Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho, o dr. Cabeto, constava nos cenários considerados pela pesquisa, mas anunciou, no dia 1º de agosto, ter recusado convite para concorrer. Ele seria o candidato apoiado pelo bloco do ex-prefeito Roberto Cláudio, que ainda segue sem apoio definido.
O indígena Paulo Anacé, que chegou a ser pré-candidato pelo PSOL, teve a candidatura retirada. Além disso, pelo apoio do candidato Capitão Wagner (União Brasil) ainda estar incerto, foram considerados dois cenários possíveis: o apoio ao Inspetor Alberto ou a Raimundo Gomes de Matos, ambos do PL.
A pesquisa é realizada pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe). Com 36 anos de atuação, o Ipespe tem como presidente do Conselho Científico Antonio Lavareda. Ele é doutor em Ciência Política efoi coordenador ou consultor em 91 campanhas eleitorais majoritárias no Brasil e atuou também em Portugal e na Bolívia.
"O voto dos cearenses, a campanha eleitoral, a relação entre a disputa nacional e a eleição estadual, tudo isso e muito mais será acompanhado pelas pesquisas do Ipespe, com primeira divulgação nessa quinta", disse Lavareda.
O Ipespe já realizou milhares de pesquisas de opinião pública eleitorais, de mercado e sociais, para setor público, setor privado, universidades, organizações não governamentais (ONGs) e da sociedade civil. O instituto faz pesquisas qualitativas, quantitativas face a face e telefônicas, trackings, pesquisas etnográficas, estudos de geografia de mercado, censos, web e mobile surveys e estudos de neurociência aplicada. Faz pesquisas por telefone desde 1993 — foi o primeiro a realizar tracking telefônico em campanha eleitoral.
O POVO+, a plataforma de multistreaming de Jornalismo e Educação do O POVO, disponibiliza o Agregador de Pesquisas de intenção de voto. A ferramenta proporciona compreensão precisa e ampla do desenrolar eleitoral, com suas nuances e tendências.
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O agregador tem números da corrida rumo à Presidência da República, governo dos estados e Senado, além da avaliação do governo federal e de governos estaduais.
O projeto foi desenvolvido pelo DATADOC, o núcleo de dados do O POVO.
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