
Quando o assunto é filosofia contemporânea, o Brasil lembra-se de Lúcia Helena Galvão, uma das principais referências no assunto. A professora e escritora carioca expandiu ensinamentos pelo País com palestras sobre desenvolvimento pessoal nas redes sociais.
A popularidade da estudiosa veio como efeito do trabalho em busca de tornar simples e acessível debates acerca de temas comuns a todo ser humano, que naturalmente sofre com angústias. Para ela, os ensinamentos da filosofia devem percorrer desde os pesquisadores até as pessoas em maior vulnerabilidade social.
Foi com essa linguagem simplificada que Lúcia publicou 12 livros, além de ter autoria de peças teatrais e composições musicais. Para ela, a inclusão da filosofia na arte é uma forma mais fluida e orgânica de alcançar novos públicos. É por meio de conceitos de filósofos do oriente e do ocidente que a pesquisadora induz o alcance do autoconhecimento para a superação de adversidades do dia a dia.
Assim, há 37 anos, ela atua como importante voz da Nova Acrópole, uma organização internacional de filosofia, cultura e voluntariado que busca perpetuar a evolução individual e coletiva. Nas palestras, Lúcia desmistifica temas como morte, felicidade, sofrimento e egoísmo.
Em 17 de novembro deste ano, a filósofa concedeu entrevista ao O POVO na sede da Nova Acrópole Fortaleza, no Meireles. Durante a conversa, a postura da pensadora chama a atenção pela serenidade e respostas assertivas acerca de atitudes humanas da contemporaneidade.
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O POVO - Como aconteceu a tua aproximação com a filosofia e a educação?
Lúcia Helena Galvão - Costumo dizer que, na minha adolescência, tive dois pontos que me mostraram que eu já tinha alguma vocação para filósofa: gostar de Machado de Assis e de "O Corvo Branco". Para mim eram duas coisas muito especiais.
Nenhum dos dois é considerado filósofo, mas a profundidade da reflexão que eles estabelecem é tipicamente filosófica. E isso era um pouco incomum para garotas da minha idade, que gostavam normalmente de outro tipo de literatura. Eu gostava muito de fazer reflexões e gostava bastante dessa forma de abordagem.
OP - Entre todos os pensadores que você estuda, qual é aquele que mais moldou sua visão sobre a vida — e por quê?
Lúcia - Costumo dizer que o pensador que mais me influencia, com certeza, é Platão. Porque seus diálogos defendem de maneira muito lógica ideias fundamentais da vida humana, como a justiça, o amor, a amizade. O pensamento dele é muito estruturante e muito profundo.
OP - Como começou tua relação com a Nova Acrópole? E como você julga essa aproximação?
Lúcia - Conheci muito jovem, há 37 anos. Tinha me formado havia relativamente pouco tempo e já tinha começado a fazer um curso de filosofia acadêmica. Exatamente porque eu suspeitava que a filosofia fosse a minha vocação, mas não tinha sido muito feliz, não gostei muito do curso.
Aí conheci a Acrópole e encontrei a filosofia do jeito que eu imaginava: mais voltada para as questões práticas da vida, e nem tanto para a conceitualização de abstrações, né? Ou seja, uma filosofia mais vivencial.
OP - Quantos anos você tinha na época?
Lúcia - Entre 23 e 24 anos e, desde então, nunca mais saí. Comecei um processo de formação como professora assim que foi possível, e assim que foi possível também comecei a dar aulas. Desde lá estou até hoje.
OP - Nesses 37 anos, como você se percebe diferente — de quando entrou para hoje, já consagrada na Nova Acrópole?
Lúcia - O que percebo é uma capacidade maior de lidar com a vida de maneira mais reflexiva, de aprender com os fatos, de crescer — algo que na sociedade não temos muito o hábito de colocar como meta. Isso é muito marcante para quem faz filosofia: perceber deslocamentos de consciência, perceber que estamos superando dificuldades. E é assim que me sinto.
OP - Você falou que filosofia foi sua primeira formação, mas você tem outras. Já atuou como roteirista e até como compositora. Em que momento decidiu testar esses novos formatos?
Lúcia - Na verdade, tudo foi surgindo como um desdobramento natural da própria filosofia. A primeira peça teatral foi uma homenagem a Helena Blavatsky. A ideia não partiu de mim, mas do diretor Luiz Antônio Rocha e da atriz Beth Zalcman, que tinham interesse em montar a peça e me procuraram para escrever o roteiro. A partir disso nasceu "Helena Blavatsky – A Voz do Silente".
Depois, com o mesmo grupo, escrevi mais duas peças: "O Profeta", de Kahlil Gibran, e outra que aborda as diversas faces de grandes heroínas, grandes mulheres da história. Quanto às canções, tudo aconteceu a partir de encontros com pessoas ao longo do caminho.
A Zizi Possi me procurou — ela acompanhava bastante o meu canal — e eu tinha um poema que desejava transformar em melodia; ela fez isso. Depois, a Flávia Wenceslau também musicou outro poema meu, chamado "Votos".
Mais tarde, o grupo Música do Interior, de São Paulo, fez o mesmo com "Poema Matuto". A melodia foi criada por eles; eu contribuí apenas com o poema.
OP - Como é para você ver a tua filosofia nesses outros formatos além das palestras?
Lúcia - Acho bastante versátil e interessante, sobretudo a arte, que rompe resistências. Uma pessoa que vai para uma aula às vezes tenta se proteger, tenta entender do que se trata. Já uma música a gente recebe com muito mais abertura e naturalidade — assim como uma peça teatral. A arte é uma maneira muito pouco conflituosa de transmitir conhecimento.
OP - Como nasceu seu interesse pelo hermetismo e pelo Caibalion, e por que esses ensinamentos continuam relevantes hoje?
Lúcia - O Caibálion foi uma descoberta, eu diria, bastante casual. Um dia aquele livrinho verde simplesmente caiu nas minhas mãos e, como se tratava de ensinamentos de origem egípcia — e o Egito sempre me interessou muito — eu li e percebi que era realmente uma obra que valia a pena divulgar.
Achei importante explicar e ajudar as pessoas a compreender aquelas leis, porque são princípios observáveis na vida. Não é algo que a gente perceba conscientemente todos os dias, por isso considerei valioso repassar esse conhecimento adiante.
OP - O Caibalion fala em correspondência entre planos. Isso não é, de alguma forma, incompatível com a visão racionalista contemporânea?
Lúcia - Paulo Caibalion fala de planos sutis que se correspondem com os planos concretos, ou seja, a maneira como tratamos o nosso plano físico tem alguma coisa a ver com a maneira como tratamos o nosso plano emocional, mental e até espiritual.
A grande incompatibilidade com o racionalismo contemporâneo é a negação de planos sutis, como se o homem fosse determinado só por coisas muito concretas. Mas, mesmo no campo racionalista, ninguém nega hoje a importância de pensamentos e emoções na vida concreta do ser humano.
OP - A filosofia que você ensina busca harmonizar espaços. Na prática, o que uma instituição, escola, empresa ou órgão público precisa fazer para se tornar verdadeiramente mais humano?
Lúcia - Uma das coisas que digo em palestras para empresas — o que é bem comum — é que precisamos conquistar uma autoridade humana. Ou seja, considerar que a finalidade de um empreendimento não é só gerar produtos ou serviços, mas gerar seres humanos realizados.
No final das contas, tudo que fazemos tem que ter o ser humano como fim, e não como meio. Kant dizia que é imoral tomar o ser racional como meio; ele deve ser tomado como fim em si. Então, considerar que o bem-estar, a realização e a plenitude das pessoas envolvidas são tão importantes quanto o resultado.
E, em segundo lugar, que as lideranças sejam exemplos daquilo que exigem dos funcionários. Não simplesmente ordenem, mas tenham autoridade moral — que é ir à frente e dar o exemplo.
OP - Nas escolas, onde encontramos tantos jovens em formação psicológica e de personalidade, existe um desafio maior nessa abordagem humanizada?
Lúcia - O grande desafio é que nosso modelo educacional é muito informativo e pouco formativo. O jovem não sai com noções de honestidade, fraternidade; sai tecnicamente preparado para história, língua portuguesa, matemática. A graduação tampouco entra nisso.
Não há preocupação em formar o ser humano. A formação do caráter, da personalidade, não é considerada. Você pode ter quantos anos de escolaridade tiver — não garante nem que a pessoa seja honesta. Não podemos garantir quase nada.
OP - A senhora costuma falar sobre virtudes e autoconhecimento, mas olhar para si nem sempre é agradável. Por que tanta gente busca sabedoria, mas foge do desconforto do autoconhecimento?
Lúcia - Na verdade, quem busca sabedoria deveria, em primeiro lugar, buscar saber sobre si próprio. O desconforto existe porque temos muitas fantasias sobre nós mesmos. É muito mais fácil imaginar que você já é do que conquistar e ser.
Às vezes é uma circunstância da vida que vai nos provar que não somos nada do que imaginávamos. Aquela frase bíblica diz: "Pelas vossas obras vos conhecerei". Deveríamos olhar o nosso rastro no mundo.
Fantasiamos, imaginamos que somos algo; depois a vida nos confronta e nos mostra que não somos. O autoconhecimento é fundamental para construir identidade. Para chegar a algum lugar, você precisa saber para onde vai e onde está.
OP - Seus estudos sobre símbolos e mitos mostram como essas narrativas dialogam com a alma humana. Por que os símbolos ainda falam tão forte às pessoas mesmo em plena era tecnológica?
Lúcia - Porque o símbolo conserva algo essencial: a comunicação entre dois planos. Hoje estamos tão materializados que não sabemos diferenciar símbolo de logotipo. O logotipo representa algo no plano material — uma relação horizontal. O símbolo tem relação vertical: liga o plano das ideias ao concreto.
Uma pomba branca, por exemplo, liga a paz — um conceito abstrato — ao plano físico. O símbolo é uma ponte para outra dimensão. E precisamos muito acessar essa dimensão: lembrar quem somos, de onde viemos, para onde queremos ir.
OP - Teria outro exemplo?
Lúcia - Um exemplo muito usado na tradição oriental é o cisne. Ele seria a forma mais bela e harmoniosa de navegar sobre as águas da matéria. A água sempre se mantém horizontal — representa o mundo material. O fogo, sempre vertical, representa o espiritual. Flutuar sobre a água de maneira bela e harmoniosa é viver no material sem ser tragado por ele.
OP - Você fala muito sobre autodomínio e propósito. Como reconhecer o propósito pessoal em tempos de tantas distrações?
Lúcia - A questão do propósito, ele não é pessoal, o propósito é humano. O propósito de toda humanidade é chegar ao máximo de valores, virtudes e sabedoria que a gente possa chegar a ter enquanto seres humanos. É como se todos subissem uma face de uma pirâmide e, quanto mais subimos, mais nos aproximamos entre nós e mais nos aproximamos do ápice que é um só.
Assim como existe o máximo para experiência mineral, vegetal, animal, aqueles seres mais evoluídos, também existe o máximo para o ser humano, que é o homem sábio, com alto controle, com valores, com virtudes. Isso é um propósito universal. A gente tem projetos pessoais, o propósito é universal, é de toda humanidade.

OP - Sua obra aproxima filosofia antiga da moderna. Qual ensinamento da filosofia clássica é mais urgente para o ser humano hoje?
Lúcia - Existe uma frase atribuída a Sócrates — embora ele nada tenha escrito — que diz: "Só é útil o conhecimento que nos torna melhores". Acho isso fundamental.
Viemos aqui para crescer; o conhecimento se torna útil quando constrói o ser humano, quando nos torna mais humanos e mais capazes de harmonizar dentro e fora. Hoje temos muitos conhecimentos para atuar sobre as coisas, mas pouco sobre atuar sobre nós mesmos.
OP - Você costuma dizer que as virtudes são ferramentas para atravessar crises. Qual virtude considera mais desafiadora para ser cultivada hoje?
Lúcia - Eu diria que, para o homem atual como um todo, o grande desafio é a fraternidade — as virtudes que conduzem à unidade. Somos ferozmente egoístas. A fraternidade verdadeira consiste em perceber a humanidade como sua família, interessar-se pelo sofrimento do outro como algo que te diz respeito. Isso entra em conflito nosso maior defeito: o egoísmo exacerbado.
OP - Há quem critique a mistura entre filosofia, espiritualidade e hermetismo. Para você, onde termina a filosofia e começa a mística, ou essa fronteira não existe?
Lúcia - Eu não sei exatamente o que as pessoas chamam de mística — isso já nem existe como categoria clara. Platão fala de espiritualidade, vários filósofos falam de espiritualidade. E também considero que o hermetismo não é nenhuma fórmula sagrada a ser praticada em uma salinha secreta.
O hermetismo é o Caibálion: são leis para considerarmos na nossa vida. Causa e efeito, a relação entre o sutil e o concreto, o fato de que as coisas nascem na mente para depois chegarem ao mundo. Vejo tudo isso como algo muito prático, simples e concreto.
Ou seja, aquilo que as pessoas chamam de mística, como se fossem coisas esotéricas, secretas ou misteriosas, honestamente, não é do que eu falo, nem algo que eu pratique. Eu trato de uma espiritualidade concreta que tem a ver com os valores que cultivamos, com as virtudes que desenvolvemos, com a maneira como damos propósito à vida. Isso, para mim, é o plano espiritual.
E o que é o hermetismo? O que é o Caibálion? São princípios de causa e efeito, do mentalismo — aquilo que pensamos, vivemos. Portanto, eu realmente não sei qual seria essa fronteira entre filosofia e mística. A mística, no sentido em que é entendida hoje, eu, sinceramente, não pratico.
Porque mística hoje é vista como misticismo, ocultismo, esoterismo — e eu não lido com essas coisas. Eu falo de elementos concretos, sóbrios e sensatos, que influenciam de fato a vida humana.

OP - O tema do propósito aparece muito nas suas palestras. Como encontrar sentido em um mundo acelerado e cheio de distrações?
Lúcia - Primeiro, é preciso entender o que é um propósito. Normalmente associamos propósito a projeto. "Quero tal trabalho." Isso é um projeto, não um propósito. Propósito está sempre no campo do ser.
Recomendo imaginar, ao final da vida, o ser humano que você quer ser: virtudes, valores, defeitos polidos, o que quer ter feito pelo mundo. Esse é o teu grande propósito: o ser humano que estás construindo. Viemos aqui para isso. A natureza não precisa que construamos coisas — ela precisa que construamos a nós mesmos.
OP - Você discute muito morte e felicidade. Qual a importância de tratarmos desses assuntos publicamente?
Lúcia - São assuntos cruciais. Se o ser humano não souber lidar com eles, viverá angustiado. Cada ano que passa estamos mais próximos da morte, e não saber do que se trata gera ansiedade. Já a felicidade é improvável de ser alcançada casualmente, sem saber o que ela é. Se não definimos, não chegamos perto.
OP - Como justificar o sofrimento humano filosoficamente? Há sofrimento que ensina e sofrimento apenas destrutivo?
Lúcia - Qualquer sofrimento pode ser ambos, porque não depende do fato, mas de como lidamos com ele. Epiteto dizia que as coisas não são boas nem más; são neutras. Se encaramos o sofrimento como possibilidade de elevar a consciência, crescemos.
Se encaramos como perseguição e nos vitimizamos, ele nos mutila. É como o cavalo que caiu no poço: a mesma terra que poderia soterrá-lo foi a que o salvou, porque ele reagiu de forma correta.
OP - Qual a importância de trazer esses temas em linguagem acessível, como você faz na Nova Acrópole?
Lúcia - A questão existencial é universal. Se a filosofia veio dar respostas a isso, ela tem obrigação de chegar a todos que sofrem, que têm angústia, falta de perspectiva. É uma alegria muito grande quando uma diarista ou um pedreiro diz: "Eu entendo tudo que você diz e está me ajudando a viver melhor". A questão fundamental é querer crescer. Se a pessoa quer, pode ser ajudada.

OP - Vivemos um tempo de superexposição e vaidade digital. Como você, uma filósofa, lida com a fama sem se deixar seduzir por ela?
Lúcia - Eu, na verdade, não lido com a fama, porque a fama não é minha. Eu apenas transmito um pensamento que também não é meu. É um pensamento que hoje está na Nova Acrópole, mas que, na verdade, pertence à humanidade.
É uma filosofia clássica, atemporal, que trata da arte de viver humanamente bem. Portanto, não haveria motivo para eu me envaidecer com algo que não me pertence. A única coisa que faço é servir de canal para isso — e isso, sim, me honra muito: poder ser um veículo de ideias que são maiores do que eu.
Se eu tivesse que transmitir a minha própria personalidade às pessoas, eu não o faria, porque a minha personalidade é como a de qualquer outro: tem defeitos, qualidades, luzes e sombras. Não haveria vantagem nisso; cada um já tem a sua. Eu funciono como um canal para essa filosofia tradicional e atemporal, que trata da arte de viver humanamente bem.
OP - A Nova Acrópole produz muitos conteúdos online, mas você também faz momentos presenciais. Os dois formatos são igualmente proveitosos?
Lúcia - É como numa peça de teatro. Na pandemia, fizemos apresentação online e foi bom, mas não se compara a assistir ao vivo, sentindo a energia que emana dali. Numa palestra é igual. Não recebemos só o conteúdo pela audição; parece que todos os sentidos se sintonizam. A mensagem se torna mais contundente. Então, é muito melhor quando há o contato.
OP - O que mais te decepciona no ser humano contemporâneo? E o que ainda te surpreende positivamente?
Lúcia - Bom, o que mais me decepciona no ser humano é o nível de egoísmo que ainda praticamos em pleno século XXI. É como se tivéssemos uma tecnologia do futuro, mas um comportamento humano do passado. Vivemos em dois tempos: estamos meio na Idade Média, meio no futuro — e isso gera uma desarmonia e um nível de conflito com toda a humanidade que provoca um sofrimento enorme.
Acredito que já deveríamos ser menos egoístas do que somos, ter mais consideração pela dor e pelo sofrimento do outro. A bondade deveria ser algo mais ativo na nossa vida.
Sinto que perdemos o compasso da história; o egoísmo é algo que já deveria ter sido mais superado do que vemos hoje. Por outro lado, o que ainda me surpreende positivamente é a capacidade humana quando a vontade é bem direcionada.
Quando o ser humano realmente quer, ele é capaz de construir coisas grandiosas no mundo externo — desde naves espaciais a tantas outras realizações. E ele seria igualmente capaz de construir coisas grandiosas no mundo interno, se assim decidisse. E isso é extremamente necessário.
OP - Você sente que a pandemia nos afastou de algumas virtudes?
Lúcia - Havia expectativa de que as pessoas sairiam melhores, e isso não aconteceu. Mas também não acredito que tenham saído piores. Acredito que o ser humano só muda quando quer. As circunstâncias não forçam mudança. Alguns, diante das piores situações, no máximo ficam amargurados. Mudar depende mais da disposição interna do que das circunstâncias externas. Não acredito que a pandemia tenha influenciado tanto quanto a nossa própria inércia e egoísmo.

Nova Acrópole Brasil
Fundada em 1984, a Nova Acrópole Brasil é uma organização sem fins lucrativos com o propósito de promover a filosofia de uma forma prática, acessível e orientada para o desenvolvimento pessoal, em busca de cidadãos mais conscientes.
Livros
Lúcia Helena Galvão é autora de 12 livros já publicados, entre os mais populares estão "O Aroma do Lótus" (2020), que reúne reflexões filosóficas e poéticas sobre virtudes, propósito, autoconhecimento e construção interior; "Para Entender o Caibalion" (2021), uma introdução aos princípios da a filosofia hermética; e "Instantes de um Tempo Interior (2011)", com reflexões poéticas.
Músicas e peças
Além dos livros, a filósofa compôs músicas como "Prudência", em colaboração com Keco Brandão e Zizi Possi; "Lamento de Deméter por Perséfone"; "A Paz a Sos" e "Votos". No teatro, ela é responsável pelo texto dos espetáculos "Ânima" e "Helena Blavatsky - A Voz do Silêncio".
Grandes entrevistas