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Pesquisas e dados para minimizar desigualdades
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Carol Kossling é jornalista e pedagoga. Tem especialização em Assessoria de Comunicação pela Unifor e MBA em Marketing pela Faculdade CDL. Pautou sua carreira no eixo SP/CE. Fez parte da equipe de reportagem do Anuário Ceará e da editoria de Economia do O POVO. Atualmente é Editora de Projetos do Grupo de Comunicação O POVO

Pesquisas e dados para minimizar desigualdades

Mapeamento, estudos e pesquisas são importantes pois por meio delas se conhece a realidade das desigualdades. Só assim, é possível entender o cenário e criar estratégias para minimizar os danos sociais e ambientais
Tipo Notícia
MÁRCIA Maria, proprietária de uma lanchonete no Conjunto Palmeiras (Foto: FERNANDA BARROS)
Foto: FERNANDA BARROS MÁRCIA Maria, proprietária de uma lanchonete no Conjunto Palmeiras

A pesquisa Efeito Furacão: capacitando mulheres empreendedoras para reduzir desigualdades promovida pela Be.Labs foi lançada esse mês e traz importantes dados e panoramas sobre o impacto transformador causados por educação e formação adequadas na vida de empreendedoras nordestinas, que inclui o Ceará. Todas passaram por um curso antes.

O estudo mostra que é preciso apoio técnico e empático para ajudar nas dificuldades que essas mulheres enfrentam no dia a dia dos seus negócios. Os resultados demonstram uma melhora representativa sobre a gestão e a administração financeira dos negócios, tais como precificação, valorização das potencialidades do negócio, separação de contas e controle contábil, após acessar os conhecimentos técnicos do curso. 

O perfil socioeconômico formado pelas 350 empreendedoras pesquisadas, de Alagoas, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Bahia e Rio Grande do Norte, indica média de idade de 40 anos e meio. Do total, 48% são casadas e 77% têm filhos. Declaram-se chefes de família 60% e 62% informaram ser negras. A renda conquistada com o negócio próprio por quase dois terços das mulheres (62%) fica entre um e três salários mínimos. 

A pesquisa ainda traz que do total, um terço (32%) tem em seu currículo pelo menos uma pós-graduação completa. Marcela Fujiy, fundadora da Be.Labs, revela que este é o principal desafio das mulheres na hora de empreender.

“O que temos de mais valor para oferecer às mulheres é formação especializada, com olhar empático para todas as agruras por elas vivenciadas. Seus repertórios de vida são muito diferenciados e, em geral, elas são vistas pelo mercado como empreendedoras de pouco potencial competitivo. Para as mulheres que recebemos no programa, visamos oportunizar aprendizados e práticas que possam transformar o negócio e a vida delas, reduzindo desigualdades e as aproximando de uma gestão mais saudável para seu trabalho”, afirma.

Ceará

A pesquisa mostrou no Estado que a média de idade das participantes é de 40,1 anos e a maioria se autodeclara negra (58,1%). Em relação ao estado civil, 46,5% são casadas, 76,7% possuem filhos e 54,1% são chefes de família, assumindo a responsabilidade total ou a maior parte do sustento familiar.

A maioria das empreendedoras possui um alto nível de escolaridade, com 28,6% tendo ensino superior completo e pós-graduação completa. A maior parte (73,8%) recebe de 1 a 3 salários mínimos, seguidas por aquelas que recebem menos de 1 salário mínimo (11,9%).

Os negócios têm duração de 1 a 3 anos (31%), são formalizados (64,3%) e estão inseridos no segmento do Comércio/Varejo como
supermercados, lojas de roupas (37,2%). Em relação ao faturamento mensal, a maioria situa-se na faixa de R$ 1 mil a R$ 5 mil (37,2%) e menos de R$ 1 mil (37,2%). A maioria (59,5%) afirma que o negócio não é sua única fonte de renda.

Em relação à separação das finanças pessoais das do negócio, após participarem do Efeito Furacão, 58,1% das mulheres passaram a realizar essa divisão, em contraste com apenas 23,3% que já o faziam anteriormente.

Após o programa, 63,4% delas relataram gerenciar de maneira mais concisa e objetiva a rotina financeira e contábil do negócio e 86,5% das mulheres conseguiram realizar o cálculo de custos fixos e variáveis e definir preços mais adequados, demonstrando uma compreensão mais
apurada sobre a lucratividade de seus negócios.

Em relação à autoconfiança e à autoestima empreendedora, 90,7% afirmam se sentirem mais empoderadas para administrar seu próprio negócio após o programa. A pesquisa também revelou que 90,7% acredita ter adquirido habilidades para administrar seus negócios da melhor forma possível após o programa.

Consciência negra

Em alusão ao Dia da Consciência Negra, 20 de Novembro, a Central Única das Favelas (Cufa) lança vídeo sobre campanha nacional sobre doação de órgãos. A campanha assinada pela Bolero Comunicação e produzida pela TerraVista. 

Reportagem especial ESG

Já está no ar no O POVO+ o segundo episódio do especial O Futuro da Indústria Sustentável como o tema: ESG: Qual a virada necessária que as empresas precisam ter. O conteúdo destaca a mobilização da agenda ambiental, social e de governança no dia a dia industrial nacional e a importância das certificações, como o Selo ESG-Fiec.  A reportagem ainda traz cases locais, com impacto nacional,  da Solar Coca-Cola, da Intraplast e da Jacauna.

Prêmios, reconhecimentos e afins

O Instituto MRV levou o Prêmio Vol na categoria Melhor Prática de Voluntariado em Empresas pelo programa MRV Voluntário. A iniciativa envolve os colaboradores da MRV&CO em projetos idealizados e apoiados pela instituição. 

Todos os voluntários inscritos possuem 44 horas por ano, durante o expediente, para se dedicar. Em 2022, foram mais de 2,4 mil horas voluntárias que impactaram 2.628 pessoas.

O Beach Park ganhou a 3ª edição do Prêmio Maurício de Sousa na categoria ESG com o projeto Jornada Sustentável. Essa iniciativa é o primeiro evento do parque que é lixo zero, certificado pelo Instituto Lixo Zero Brasil (ILZB), e o quinto no Ceará.

A Jornada promove, anualmente, limpeza do litoral, treinamento e ações na comunidade e em escolas da região, entre outras atividades para debater  práticas de ESG, conservação da biodiversidade e implantação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

O Instituto Atlântico foi um dos vencedores do Prêmio Empresas que Cuidam 2023, realizado pela Unimed Fortaleza, que reconhece empresas e profissionais que cuidam da saúde e do bem-estar de seus colaboradores.

A Aço Cearense recebeu o Selo IEP de Sustentabilidade na categoria ouro. A comenda reconhece as boas práticas sociais realizadas por empresas, além de promover e difundir práticas voltadas para a sustentabilidade.

Nos dias 20 e 21 de janeiro acontece, na Fábrica de Negócios, no Hotel Praia Centro, o curso Gestor Estratégico ESG e Sustentabilidade Corporativa com Roberto Roche, especialista com mais de 20 anos em responsabilidade social e ESG. 

Conheça as novas regras do Pix em 2023 no Dei Valor

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