Carol Kossling é jornalista e pedagoga. Tem especialização em Assessoria de Comunicação pela Unifor e MBA em Marketing pela Faculdade CDL. Pautou sua carreira no eixo SP/CE. Fez parte da equipe de reportagem do Anuário Ceará e da editoria de Economia do O POVO. Atualmente é Editora de Projetos do Grupo de Comunicação O POVO
Depois de mais de 50 anos, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou que voltará a usar o termo favelas e comunidades urbanas brasileiras
Dignidade, representatividade e empoderamento são alguns dos pontos principais pontos que organizações como a Central Única das Favelas (Cufa) e a Gerando Falcões, assim como tantas outras, batalham diariamente para dar voz aos favelados de todo o Brasil.
Diferente do que algumas pessoas da sociedade, a palavra favela e vista por essa população com força e é o nome que os representa. Como já dizia Celso Athayde, "favela não é carência, favela é potência".
Assim, depois de mais de 50 anos, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou que voltará a usar o termo favelas e comunidades urbanas brasileiras para se referir a esses locais no Censo. E não mais aglomerados urbanos excepcionais, setores especiais de aglomerados urbanos e aglomerados subnormais.
A demanda foi dos próprios moradores desses espaços. Para o conselheiro da Cufa, Preto Zezé, o que muda na prática é que agora é oficial e uma vitória dos movimentos de favelas que a mais de 30 anos lutam para que isso aconteça.
"Fizemos muitas parcerias com o IBGE com o trabalho do Censo nas favelas e de dados com o Data Favela e isso vai continuar para trazermos uma radiografia mais próxima e atualizada desses territórios", afirma.
Musicalização
Em Fortaleza, existe um o projeto social com crianças e adolescentes chamado Banda Dragaxé Raiz do Poço, que estimula a arte negra pelos becos e vielas e ensina musicalização e iniciação rítmica.
O projeto traz a essência do axé baiano para as terras alencarianas no Poço da Draga, na Praia de Iracema. o grupo se apresentou durante a festa carnavalesca da Advance, no último sábado, 27 e tem agenda no Pré-Carnaval de Fortaleza.
Rafael Baiano, maestro da banda, conta que essa formação está junta há cinco meses e reúne cerca de 50 crianças que tocam instrumentos de percussão. Os ensaios são abertos ao público às terças e quintas-feiras, às 19h.
"Esperamos com os shows do Carnaval difundir esse trabalho bonito que está sendo feito e trazer mais parceiros para manter os instrumentos, garantir os lanches para eles em todos os ensaios", diz João Baculê, produtor da banda.
Capacitação
Instituto Algar capacita organizações de Fortaleza, Recife e Salvador voltadas a jovens em situação de vulnerabilidade social e realiza até 30 de janeiro, inscrições para a seleção de organizações sociais do programa social de educação `Talentos de Futuro 2024´, que conta com o apoio do Instituto Phi.
O objetivo é contribuir com o desenvolvimento de habilidades e competências comportamentais e técnicas de jovens entre 15 e 17 anos, em situação de vulnerabilidade social, a fim de colaborar com a formação, o ingresso e a permanência no mercado de trabalho formal.
Serão selecionadas 10 organizações da sociedade civil (OSCs) de Fortaleza, Salvador e Recife. As instituições devem atuar ou desejar atuar com a formação e capacitação de jovens provenientes de escolas públicas, com renda familiar de até 1,5 salários-mínimos per capita e que nunca tiveram um trabalho formal.
“O programa forma e acompanha os educadores sociais das organizações selecionadas para que elas possam replicar os conteúdos e a metodologia com os jovens atendidos por elas. As instituições precisam oferecer infraestrutura adequada, incluindo uma sala preparada para as dinâmicas e outra equipada com computadores, para as atividades previstas. O objetivo é que as instituições possam prepará-los, não apenas para quando surgir uma oportunidade no mercado de trabalho, mas também para a vida”, explica Carolina Toffoli Rodrigues, gerente do Instituto Algar.
Tecnologia
Também segue até 30 de janeiro as incrições no Favela Edutech para jovens interessados em apreender programação de forma gratuita. Entre os requisitos estão: maiores de 16 anos, residentes em Fortaleza, Ensino Fundamental completo e inscrição ativa no CadÚnico.
As aulas estão previstas para o início de março de 2024.
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