Carol Kossling é jornalista e pedagoga. Tem especialização em Assessoria de Comunicação pela Unifor e MBA em Marketing pela Faculdade CDL. Pautou sua carreira no eixo SP/CE. Fez parte da equipe de reportagem do Anuário Ceará e da editoria de Economia do O POVO. Atualmente é Editora de Projetos do Grupo de Comunicação O POVO
Termo vem dos EUA para materializar o que populações mais pobres e vulvenáreis passam em relação a maior suscetibilidade de vivenciar enchentes, alagamentos, invasão de territórios, acesso escasso à água e esgoto tratado e coleta de lixo
Nas últimas semanas ouviu-se muito o termo racismo ambiental relacionado aos problemas vivenciando por populações socialmente mais vulveráveis com questões relacionadas aos desastres ambientais como inundações, alagamentos e desapropriações em virtude das fortes chuvas em algumas regiões do Brasil.
Já tínhamos contato com esse termo nos episódios de Mariana, em 2015, e Brumadinho em 2019, ambas localidades de Minas Gerais. Porém, poucas pessoas entendem do que se trata esse tipo de racismo, citado pela ministra ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, em sua rede socia para comentar a tragédia causada pelas chuvas no Rio de Janeiro durante o segundo fim de semanade desse ano.
Para a pensadora negra brasileira Tania Pacheco, o racismo ambiental é constituído por injustiças sociais e ambientais que recaem de forma implacável sobre etnias e populações mais vulneráveis.
O racismo ambiental não se configura apenas através de ações que tenham uma intenção racista, mas, igualmente, através de ações que tenham impacto racial, não obstante a intenção que lhes tenha dado origem.
Mas, a expressão foi criada na década de 1980 pelo Dr. Benjamin Franklin Chavis Jr., em meio a protestos contra depósitos de resíduos tóxicos no condado de Warren, no estado da Carolina do Norte (EUA), onde a maioria da população era negra.
ESG no Ceará
A CSI Locações, que registrou um crescimento de 15% em comparação com o ano de 2022, fruto do investimento de mais de R$ 10 milhões na compra de equipamentos mais sustentáveis.
O compromisso da empresa, segundo o CEO Patrick Alex, é moldar um futuro empresarial que não apenas prospere financeiramente, mas que também seja um agente positivo de mudança para o planeta e as comunidades que servimos. "As práticas ESG não são apenas um componente adicional, são a espinha dorsal do nosso propósito corporativo”, afirma.
Em 2023 a empresa deu início ao plano de migração para zerar a pegada de carbono. Para isso, a empresa trouxe ao país os primeiros geradores movidos a Hidrogênio Verde (H2V), em parceria com a Qair Brasil, e pretende, num prazo de 10 anos, trocar todos os seus geradores para combustível limpo.
A empresa também opera em suas instalações com 100% de energia solar e incorpora um ciclo sustentável de água, reaproveitando a água destilada que sai dos geradores nos sistemas de ar-condicionado de toda a empresa, prática que não só contribui para a conservação dos recursos hídricos, mas também ressalta o compromisso da empresa em encontrar soluções criativas para desafios ambientais.
Já a Ambiental Ceará reformou a escadaria instalada ao lado da Estação de Pré-Condicionamento de Esgoto (EPC) para facilitar e melhorar o acesso da comunidade do Moura Brasil a praia da Av. Leste-Oeste, em Fortaleza. Além disso uma horta comunitária foi construída no local e recebeu o apoio da população como da agente de cidadania e mobilizadora social Aparecida Costa, 41, moradora do local.
A relevância da escadaria para aquela região ficou evidente durante os encontros do Afluentes, programa de relacionamento com a comunidade executado pela Ambiental Ceará. A empresa cuidou da capinação e restauro dos degraus e do entorno, e deu ao artista visual Almeida Luz a missão de executar a pintura, em parceria com a comunidade.
Agenda 2024
A construtora Mota Machado pretende intensificar as ações de ESG esse ano. Nos planos, a adesão ao GHG Protocol, que reporta as emissões de gases de efeito estufa; o uso de sistemas de coleta seletiva de resíduos; a automação para eficiência energética e utilização consciente de recursos naturais; e trabalhos voltados ao consumo de energia, água e energia.
Além da incorporação de materiais e práticas aplicadas como adesão de tomadas nas garagens para carregamento de carros elétricos. E, ainda, desenvolver a agenda do primeiro comitê de sustentabilidade da marca, criado com o objetivo de realizar ações que valorizem os princípios socioambientais.
A Cerbras preve o fortalecimento dos processos internos como reutilização da água do processo produtivo e utilização do biogás. Também haverá a reintegração no ciclo produtivo dos resíduos de fabricação, uso de energia solar, reuso de água tratada, monitoramento da qualidade do ar, além do sistema de tratamento sanitário e industrial.
O shopping Iguatemi Bosque mira em atividade da estação de tratamento de água e esgoto; programas com a população e os trabalhadores voltados para a coleta seletiva; atuação na infraestrutura como a ampliação dos tetos de vidros; ampliação de projeto paisagístico sustentável com foco na biofilia.
E, ainda, na reutilização de água nos jardins verticais do empreendimento; na utilização de lâmpadas de LED em todo o estacionamento; em campanhas educativas; redução de resíduos sólidos gerados e a emissão de gás carbônico; e eventos para os clientes com incentivos à sustentabilidade.
Além da atuação com a Loja do Bem que promove geração de emprego e renda para as famílias cearenses que vivem do artesanato.
Capacitação de jovens
Estão abertas até dia 14 de fevereiro as inscrições para a próxima turma do curso Novos Talentos para Estudantes de Jornalismo, realizado pela Fundação Demócrito Rocha (FDR), em parceria com o Grupo de Comunicação O POVO. Interessados devem acessar a página oficial do programa fdr.org.br/novostalentos
Para se candidatar, o estudante deve estar cursando a partir do 4º semestre de Jornalismo em qualquer faculdade de Fortaleza. No site estão todas as informações referentes ao curso e às provas de seleção - Redação, Língua Portuguesa e Atualidades.
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