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Consumidor sustentável e incluído
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Carol Kossling é jornalista e pedagoga. Tem especialização em Assessoria de Comunicação pela Unifor e MBA em Marketing pela Faculdade CDL. Pautou sua carreira no eixo SP/CE. Fez parte da equipe de reportagem do Anuário Ceará e da editoria de Economia do O POVO. Atualmente é Editora de Projetos do Grupo de Comunicação O POVO

Consumidor sustentável e incluído

O comportamento do consumidor mudou. Ele está mais atentos às demandas atuais e a sustentabilidade no dia a dia. A tecnologia, o compartilhamento e a relação com as empresas mudou. Assim, estilo de vida e propósito ditam o consumo atual.
Tipo Notícia
Gal Kury tem mais de 30 anos de atuação com foco em Marketing Estratégico (Foto: Camilla Albano/ Acervo pessoal)
Foto: Camilla Albano/ Acervo pessoal Gal Kury tem mais de 30 anos de atuação com foco em Marketing Estratégico

O comportamento do consumidor mudou. Ele está mais atentos às demandas atuais e a sustentabilidade no dia a dia. A tecnologia, o compartilhamento e a relação com as empresas mudou. Assim, estilo de vida e propósito ditam o consumo atual.

As marcas perceberam isso e facilitam o compartilhamento de interesses entre os clientes a exemplo de lojas pets, fitness e lazer. O preço não é o ponto determinante na venda hoje em dia, pois a sustentabilidade, a usabilidade, a inclusão e os valores de quem produz e comercializa estão em cheque.

Vale as marcas estarem atentas a construir cada vez mais uma relação pautada na transparência, na confiança, com identidade e personalidade. Hoje, o compartilhamento não se limita
apenas a itens físicos, mas também aos espaços de trabalho, transportes e moradia.

E a sustentabilidade é a bola da vez. Dados da Exploding Topics, dizem que as buscas relacionadas a produtos sustentáveis aumentaram 245% em comparação com cinco anos atrás.

E a First Insight indica que dois terços dos consumidores estão dispostos a pagar mais por produtos com características ambientalmente amigáveis.

A cosultora, especialista em marketing e colunista do O POVO, Gal Kury reforça que o Recommerce, mercado de itens já usados, apresenta uma tendência de crescimento enorme.

Segundo a ThredUp, uma das maiores plataformas de recomércio do mundo, ele deve crescer 11 vezes mais rápido do que o varejo tradicional nos próximos cinco anos, chegando a 77 bilhões de dólares em 2025.

"Um dos fatores que impulsiona este mercado é a crescente preocupação dos consumidores com questões ambientais e sociais e com empresas que aderem a estes valores. Pode-se citar também investimentos bilionários na  second-hand-economy, adicionando experiências e somando marketing e branding para conquistas os consumidores", destaca.

Dicas paras as empresas

1) Avalie e implemente métodos para reduzir desperdícios nas operações diárias.
2) Economize energia e outros recursos por meio de práticas eficientes.
3) Opte por fornecedores que priorizam a sustentabilidade.
4) Considere materiais recicláveis ou reutilizáveis na produção ou nas embalagens.

Fonte: Observatório de negócios Sebrae-SC

INCLUSÃO

Para consumidores com deficiência, operar eletrodomésticos que possuem muitos botões pode ser difícil, e isso se tornou ainda mais desafiador à medida que os produtos eletrônicos de consumo recentes privilegiam sistemas de toque planos em LED em vez de botões em alto relevo.

Para resolver esses problemas para pessoas com deficiência visual, a LG criou controles remotos com botões de energia, volume, canais e números em alto relevo. Os clientes também podem optar por pressionar o ‘botão de reconhecimento de voz’ e operar sua TV por meio de comandos de voz.

Além disso, as TVs oferecem um recurso de ‘Ampliação da Linguagem de Sinais’, que permite que pessoas com deficiência auditiva aumentem o tamanho da imagem do intérprete de idiomas na tela, para que possam ler os lábios e os sinais manuais com mais clareza.

PRESERVAÇÃO AMBIENTAL

O cheiro é uma das primeiras coisas que desaparecem quando um lugar é poluído. No Brasil, apenas 4% de todo lixo descartado diariamente é reciclado, segundo a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe).

Pensando nesse cenário, o Grupo O Boticário lançou esse mês o projeto Extinto para alertar a população sobre a importância da preservação ambiental e a gestão dos resíduos sólidos. O panorama também alerta para o risco do desaparecimento dos cheiros originais das áreas naturais por conta da poluição.

A chamada de urgência foi feita a partir de uma fragrância que reproduz o cheiro original da Baía de Guanabara totalmente preservada, sendo o passo inicial da chamada de urgência para a preservação ambiental.

Outros quatro continentes vão receber o alerta: Calábria, na Europa, Ilha de Madagascar, na África, Nova Delhi, na Índia, e Camberra, na Oceania.

“O Projeto Extinto parte de um conceito que defendemos em todas as nossas ações e comunicações: só existe beleza, se existir planeta. E o risco de que a Baía de Guanabara, que traz uma biodiversidade valiosíssima para a nossa existência, não se regenere por conta da poluição e geração de resíduos é real - e assustador”, afirma Marcela de Masi, diretora-executiva de Branding e Comunicação do Grupo Boticário.

Por isso, ela complenta, "queremos aproveitar nosso alcance, capilaridade e relação próxima com os nossos consumidores para dar cada vez mais visibilidade a temas relevantes para a agenda de ESG, reforçando o compromisso e papel da marca como agente transformador dessa realidade". (Colaborou Mirla Nobre)

Economia circular

O Suvinil Circula, programa de logística reversa da Suvinil, recebe sobras de tintas e embalagens de qualquer marca para coprocessamento e reciclagem, respectivamente, e reinsere os materiais na cadeia produtiva.

Os dados recentes da companhia dizem que mais de 17 toneladas de resíduos foram coletados e cerca de 65 kg de emissão de CO2 na atmosfera evitada.

Já O Boticário investe há mais de 18 anos em projetos de logística reversa, mobilizando a sociedade para reverter o cenário de reciclagem no Brasil. O Boti Recicla recebe, em todos os pontos físicos da marca e também por meio da venda direta, embalagens vazias de produtos de qualquer marca do segmento CFT (sigla em inglês para Cosméticos, Fragrâncias e Higiene Pessoal). 

Todas elas são destinadas corretamente para cooperativas parceiras. Além disso, no último ano, a marca firmou uma parceria inédita com o Google para fortalecer a economia circular.

A ideia é ajudar as pessoas a encontrarem informações atualizadas sobre pontos de coleta de materiais recicláveis que estejam disponíveis nas proximidades, por meio do Google Maps.

A iniciativa surgiu para atender a demanda de um número cada vez maior da população que vêm procurando saber mais sobre onde reciclar os materiais que utilizam em sua rotina. Até o momento, cadastramos 7.700 pontos de coleta e o objetivo é chegar a 10 mil ainda este ano.

Logística reversa

A Reciclus, entidade gestora da logística reversa de lâmpadas com mercúrio no Brasil, apresenta o ranking TOP 10 das redes de varejo que mais arrecadaram lâmpadas para destinação ambientalmente correta em 2023.

E a Leroy Merlin aparece em primeiro lugar no ranking com 337.230 unidades, seguida pela Rede Condor com 150.610 unidades, e em terceiro lugar a rede de atacarejo atacadão com 147.964 unidades.

Reutilização

Sempre que possível, procure novas utilidades para os objetos parados em casa. Itens antigos, como aparelhos de rádio, televisão e até câmeras com um aspecto retrô costumam ser utilizados como itens de decoração. Até as embalagens podem ser reutilizadas, como no caso da Samsung Eco-Package que criou uma iniciativa que visa a reutilização das embalagens de produtos da marca.

RaiaDrogasil

A Ecoloop que é uma fabricante de máquinas de coletas de resíduos que usam inteligência artificial. Vai contribuir para ampliar o programa já existente nas farmácias RaiaDrogasil de coleta e reciclagem de resíduos, conectando esse processo com benefícios e recompensas aos clientes por práticas mais sustentáveis

Violência de gênero

Com a chegada da lei "Não é Não" casas noturnas, boates, espetáculos musicais em locais fechado, com venda de bebidas alcóolicas, estabelecimentos serão obrigados a adequar sua estrutura e procedimentos internos para atender o protocolo de segurança das mulheres.

Ela foi inspirada na lei espanhola “No Callem”, que ficou conhecida após o caso do jogador de futebol Daniel Alves, preso por condenação de estupro de jovem em boate.

As casas que seguirem o protocolo poderão obter o selo “Não é Não - Mulheres Seguras”, incluindo-se na lista de “Local Seguro Para Mulheres” a ser divulgada pelo poder público.

Inclusive, é importante lembrar que independente da lei “Não é Não”, o assédio sexual e a importunação sexual são crimes de acordo com a legislação penal em qualquer ambiente. 

"Além disso, a sociedade precisa se informar e se educar para identificar atos de assédio como toques indesejados, inapropriados ou não consentidos, aquele “encostar sem querer” do órgão genital no corpo da mulher, beijos “roubados”, envio das famosas “nudes” ou áudios de cunho sexual inoportunos, comentários desrespeitosos sobre o corpo da mulher, dentre outros, que muitas vezes são normalizados, realidade que temos que, juntos, mudar", diz Juliana Faria, co-founder da Ekuali.

A empresa é uma consultoria que trabalha a igualdade de gênero como responsabilidade social de todas as empresas, embasada pelos príncipios do ESG, e dos objetivos de desenvolvimento sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU)

A lei traz como principal objetivo a proteção das mulheres nos mencionados ambientes, a qualquer tipo de violência, mediante uso de força que cause lesão, morte ou dano, ou a qualquer constrangimento, caracterizado pela insistência, física ou verbal, após manifesta discordância da vítima.

Fica a dica para curtir bem o Carnaval!

 

 

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