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Banco do Nordeste: "Estamos atentos ao hidrogênio verde"
Economia

Banco do Nordeste: "Estamos atentos ao hidrogênio verde"

Presidente do BNB, Romildo Rolim, comemora os R$ 20 bi em crédito no primeiro semestre e afirma que a Instituição está preparada para mais financiamentos
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Presidente destacou que empresas interessadas no hub de hidrogênio já são clientes do BNB (Foto: divulgação)
Foto: divulgação Presidente destacou que empresas interessadas no hub de hidrogênio já são clientes do BNB

Ao mesmo tempo que comemorou os R$ 20 bilhões desembolsados no primeiro semestre de 2021 em financiamentos, Romildo Rolim, presidente do Banco do Nordeste garante que a instituição está apta a fomentar muitos outros projetos. Entre eles, um dos hubs projetados para o Complexo do Pecém. Segundo afirmou, “O BNB está atento ao hidrogênio verde”.

“Estamos trabalhando para participar como trabalhamos em outros produtos de infraestrutura. O que temos feito desde 2017 é ser o banco do financiamento das energias verdes e o hidrogênio verde é um dos pilares dessa questão que está sendo explorada para produção”, afirmou em entrevista ao O POVO.

Perguntado se havia tratativas para projetos envolvendo o hidrogênio verde, Rolim contou que algumas das empresas já envolvidas são clientes do BNB e devem recorrer às linhas de crédito do banco para bancar o investimento no hub – a exemplo da Qair.

O presidente do Banco do Nordeste ainda observou que o volume necessário para a construção da planta de hidrogênio verde supera as possibilidades de financiamento da instituição, mas que, assim como os proponentes, não deve abrir mão de ser um dos financiadores. O FNE Infraestrutura, inclusive, deve ser o mais adequado para compor os fundos de crédito para aplicações na geração de energia.

A linha foi uma das que teve a meta atingida na primeira metade do ano e ajudou o BNB a chegar a um novo recorde: o aumento nas operações de crédito em 11,3% sobre a primeira metade de 2020, quando o BNB contratou R$ 18,2 bilhões.

“A gente vem instigando muito as equipes. Mas o setor produtivo está acreditando na retomada da economia, então, temos mais projetos entrando e estamos dando velocidade a eles. Assim, a gente consegue fazer”, descreve Rolim sobre os esforços para aplicar os recursos.

No Ceará, a partir do fundo constitucional, de janeiro a junho foram mais de R$ 2 bilhões em 32,7 mil operações. Ontem, 1º, como operadora exclusiva do FNE, a instituição divulgou R$ 12,5 bilhões do funding aplicados de janeiro a junho deste ano, em mais de 320 mil operações. Já as contratações com micro e pequenas empresas registraram R$ 1,7 bilhão, valor correspondente a 10,9 mil operações.

Mas, já para o próximo semestre, Rolim revela que já possui R$ 6 bilhões em análise e mais R$ 1 bilhão pronto para tomada, num esforço de chegar a mais de R$ 40 bilhões em operações até o fim do ano.

Em relação à microfinança urbana, com o Crediamigo, o Ceará somou R$ 1,9 bilhão aplicado no período, em mais de 730 mil transações. Com o Agroamigo, foram 28,8 mil operações para R$ 149,8 milhões em investimentos. Mas em relação à toda a abrangência do BNB, no Crediamigo e Agroamigo, programas de microfinança urbana e rural, foram mais de R$ 8 bilhões de janeiro a junho de 2021.

Somente com o Crediamigo, contratou R$ 6,4 bilhões, o que traduz incremento de R$ 30,06% em relação a igual período de 2020. Foram 2,2 milhões de operações com microempreendedores urbanos apenas no semestre. Neste período, o banco detalha que ganharam destaque as implantações da assinatura digital de contratos e da função Pix para pagamento, transferência e recebimento no APP Crediamigo, além do lançamento do Crediamigo Delas, produto destinado a financiar investimento e capital de giro para mulheres empreendedoras que atuam nos setores formal e informal da economia.

Já no campo, com o Agroamigo, o BNB soma R$ 1,6 bilhão investido em 299,8 mil operações, 28,5% a mais em termos de valores em relação a 2020. (Colaborou Beatriz Cavalcante)

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