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Camilo e RC bem avaliados contra a Covid-19; Bolsonaro reprovado
Reportagem

Camilo e RC bem avaliados contra a Covid-19; Bolsonaro reprovado

Enquanto desempenho de Camilo Santana e Roberto Cláudio é aprovado por eleitores, resposta de Jair Bolsonaro à crise é considerada "ruim" ou "péssima" pela maioria dos fortalezenses
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CAMILO estava cumprindo extensa agenda de inaugurações ao lado de RC nos últimos dias (Foto: Thais Mesquita)
Foto: Thais Mesquita CAMILO estava cumprindo extensa agenda de inaugurações ao lado de RC nos últimos dias

Respostas do governador Camilo Santana (PT) e do prefeito Roberto Cláudio (PDT) à crise da Covid-19 são bem avaliadas entre eleitores de Fortaleza. A do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), por outro lado, é considerada ruim ou péssima pela maioria dos fortalezenses. O dado é da pesquisa O POVO/Datafolha, que questionou eleitores sobre desempenho dos governos municipal, estadual e federal para combater a doença.

Segundo o levantamento, o gestor mais bem avaliado em relação à pandemia é Camilo Santana. Questionados sobre o desempenho do governador na crise, 62% dos eleitores responderam com "bom" ou ótimo", 25% avaliaram como "regular" e apenas 12% como "ruim" ou "péssimo". Outros 2% não souberam opinar sobre o tema.

Já Roberto Cláudio também mantém boa aprovação no tema, com 56% dos eleitores avaliando a resposta da gestão municipal à crise como "boa" ou "ótima". Outros 29% classificam o desempenho do prefeito no tema como "regular". Já 14%, por outro lado, avaliaram como "ruim" ou "péssima" o empenho do pedetista no combate à Covid-19. 2% não opinaram.

O terceiro gestor avaliado pelo Datafolha foi o presidente Jair Bolsonaro. Sobre a crise sanitária, 27% classificaram resposta do presidente como "boa" ou "ótima". Outros 27% classificaram como "regular". O percentual dos que desaprovam o desempenho de Bolsonaro no tema é o maior entre os avaliados, com 45% de "ruim" ou "péssimo". 1% não opinou.

Desempenho dos três gestores é mais mal avaliado entre os mais jovens, com maior taxa de "ruim" ou "péssimo" nos três casos ocorrendo eleitores de 16 a 24 anos. Idosos com mais de 60 anos são, por outro lado, os que melhor avaliam tanto Camilo quanto Bolsonaro.

Além da abertura de leitos e de unidades para tratamento da Covid-19 no Ceará, o governo Camilo adotou uma série de medidas para evitar repercussões mais graves da crise na população mais pobre. No fim de março, por exemplo, o governo anunciou isenção de conta de água e luz para 534 mil famílias de baixa renda no Estado. Depois, foi anunciado programa de distribuição de 200 mil botijões de gás.

A gestão também tomou ações polêmicas, decretando em 19 de março medidas de isolamento no Estado. Até hoje, alguns segmentos, como bares, ainda estão sem poder funcionar. A decisão, que incluiu igrejas e templos religiosos, gerou protestos de lideranças evangélicas. As críticas, no entanto, não se refletiram na avaliação de evangélicos sobre as ações de Camilo na pandemia, que são aprovadas por 54% e reprovadas por apenas 17%.

A maioria das ações do Governo do Estado foram acompanhadas, em escala local, pela Prefeitura de Fortaleza. Além disso, o prefeito também abriu unidade especial para tratamento do novo coronavírus com um hospital de campanha no estádio Presidente Vargas, que operou de abril a setembro.

Presidente Jair Bolsonaro
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Presidente Jair Bolsonaro

Já a gestão Jair Bolsonaro teve atuação mais focada na economia, como na edição de medidas provisórias permitindo a suspensão de contratos e redução de salários para evitar demissões. Apesar de ter proposto inicialmente benefício mais baixo, no valor de R$ 200, o auxílio emergencial de R$ 600 aprovado no Congresso também acabou sendo contabilizado como ação do Planalto e virando "bônus" no desempenho de Bolsonaro na crise.

O presidente ainda se envolveu em diversas polêmicas, incluindo a demissão de dois ministros, Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, no meio da crise sanitária. Em ambos os casos, os ministros criticaram intervenção direta do presidente no tratamento da doença. Durante os primeiros meses após a chegada da Covid-19 no País, foram muitas as declarações do presidente minimizando a gravidade da doença.

O Datafolha ouviu eleitores de Fortaleza entre a última quarta-feira, 14, e a última quinta-feira, 15. A pesquisa foi encomendada por O POVO e está registrada no Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) com número CE-09449/2020 e tem margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos. Foram entrevistados 812 eleitores de Fortaleza de todas as regiões da cidade, com 16 anos ou mais. A taxa de confiança da pesquisa é 95%.

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Avaliacão dos governos em relação a pandemia da covid19
Foto: luciana pimenta
Avaliacão dos governos em relação a pandemia da covid19

 

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