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Leão do Sul: quando um pastel com caldo de cana ajuda a contar a história de Fortaleza
Reportagem Seriada

Leão do Sul: quando um pastel com caldo de cana ajuda a contar a história de Fortaleza

| Dany Dantas | O educador físico que quis ser piloto de avião e hoje está à frente do empreendimento quase secular, localizado em um dos pontos mais icônicos da Capital
Episódio 33

Leão do Sul: quando um pastel com caldo de cana ajuda a contar a história de Fortaleza

| Dany Dantas | O educador físico que quis ser piloto de avião e hoje está à frente do empreendimento quase secular, localizado em um dos pontos mais icônicos da Capital
Episódio 33
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A história da Pastelaria Leão do Sul começa muito antes do nascimento de Dany Ricardo Dantas, atual sócio-proprietário do estabelecimento. E contar sobre sua sucessão lembra o poema Quadrilha, de Carlos Drummond de Andrade.

Dany é a segunda geração da família Dantas, proprietária da pastelaria. Antes, seus pais, Renato e Maria Dantas, ficaram à frente quando adquiriram o negócio de Dimas de Castro e Silva. Seu Dimas, por sua vez, recebeu a empresa do Antonio Silva, o fundador, na década de 1920. E ninguém era parente até então.

A variedade de administradores do local não impediu a empresa de chegar aos 99 anos recebendo uma média de 500 pessoas nas quatro horas e meia de funcionamento do sábado. Nem do consumo diário de aproximadamente 600 pastéis.

Os pais de Dany foram os terceiros proprietários da Leão do Sul(Foto: Samuel Setubal)
Foto: Samuel Setubal Os pais de Dany foram os terceiros proprietários da Leão do Sul

Desde 2015, Dany compartilha a responsabilidade de cuidar da pastelaria com a irmã Kelen Dantas, cada um assumindo um turno de trabalho. Mas a liderança da família Dantas começou ainda em 1980.

Quando o cearense Renato e a paulista Maria chegaram em uma então mercearia de produtos caseiros que também vendia pastel e caldo de cana na Praça do Ferreira, algumas mudanças foram cruciais.

As principais foram a adoção de uma nova receita de pastel, herança da avó mineira de Maria; e a produção dos lanches no andar superior, já que até então eles não eram feitos na Leão do Sul.

A empresa completa 100 anos em 2026(Foto: Samuel Setubal)
Foto: Samuel Setubal A empresa completa 100 anos em 2026

Por oito anos, o casal dividiu a educação dos três filhos com o compromisso de satisfazer o desejo gastronômico dos frequentadores da movimentada praça. O perfil dos clientes era variado: quem lanchava no intervalo das compras, após a sessão de cinema ou a desculpa para uma paquera.

A morte do pai, em 1988, fez Dany trocar as brincadeiras no comércio com as irmãs, Kelen e Kariny, pela responsabilidade de administrar a Leão do Sul com a mãe, ainda aos 13 anos. O primogênito abriu mão de alguns sonhos e tomou para si o desejo dos pais de manter a empresa viva.

Na faculdade de Administração, percebeu que muito do que aprendia não funcionava na sua realidade. Abandonou o curso, mas seguiu aprendendo com a prática e mantendo vivos valores como o reconhecimento do trabalho da sua equipe e a necessidade de mão de obra “que veste a camisa”, como citou.

 

Sobre a empresa

 

Hoje, Dany enxerga a pastelaria como símbolo de Fortaleza. E transparece preocupação com as mudanças ocorridas no bairro nos últimos anos, principalmente, em relação a questões como revitalização, segurança, cargas tributárias e especulação imobiliária.

Ao mesmo tempo, sente orgulho da pastelaria ter se tornado ponto turístico e de abrigar muitas memórias afetivas, tanto de Fortaleza quanto de seus frequentadores, que acrescentam ao combo pastel e caldo de cana a experiência de ficar em pé, no balcão, degustando as iguarias.

O POVO - Qual é a história dos seus pais? Como começou a relação deles com a Leão do Sul?

Dany Ricardo Dantas - Meus pais compraram a Leão do Sul em dezembro de 1980. De lá para cá, eles vieram cuidando da pastelaria e em 1988 ele acabou falecendo. Então, eu comecei a trabalhar ajudando a minha mãe com 13 anos de idade.

Único homem, mais velho, tenho duas irmãs mais novas. Dava uma ajuda à minha mãe, porque ela tinha que cuidar de outras questões relacionadas aos negócios do meu pai. E de lá para cá continuo à frente. Eu estava sozinho junto à minha mãe até 2015.

Minha mãe se afastou e uma das minhas irmãs veio trabalhar comigo, ajudando a diminuir a carga, para a gente gerir de uma forma melhor e aceitável para o público em geral.

OP - Como foi a sua infância e a das suas irmãs? Como era a rotina, o dia a dia na pastelaria?

Dany - A gente geralmente ia mais no sábado, minha mãe às vezes não tinha com quem deixar a gente, e ficava na pastelaria. Andando para cima, para baixo, subindo, descendo, às vezes atrapalhando eles um pouco (risos). Mas geralmente o pessoal entendia.

O lanche pastel e caldo de cana é servido no balcão há quase um século(Foto: Samuel Setubal)
Foto: Samuel Setubal O lanche pastel e caldo de cana é servido no balcão há quase um século

E também os clientes de forma geral, já conheciam a minha mãe e a gente levava tudo na brincadeira, achava que era um playground, um local diferente que a gente queria explorar.

OP - A sua irmã entrou em que ano na empresa?

Dany - Em 2015. A minha outra irmã estava gerenciando a loja da Aldeota, que era na (rua) Antônio Augusto. Hoje, ela e o esposo gerenciam a loja do Pátio Água Fria, na (avenida) Washington Soares.

OP - Você pensou em ter outro negócio ou exercer outra profissão?

Dany - Tentei! Tentei ser piloto de avião, comissário de bordo. Eu tinha na época essa paixão pelos ares. Mas vi a necessidade de ajudar a minha mãe. Ela queria parar, porque trabalhava muito. Quando meu pai faleceu, ela ficou muito sobrecarregada.

Dany e Kelen Dantas estão à frente da unidade da Praça do Ferreira(Foto: Arquivo pessoal / Divulgação)
Foto: Arquivo pessoal / Divulgação Dany e Kelen Dantas estão à frente da unidade da Praça do Ferreira

E eu acabei desistindo de levar isso pra frente e resolvi ajudá-la. Até mesmo a questão da faculdade. Eu fazia Administração, mas na época em que fiz, por um ano e meio, tudo o que eu tentava aplicar na empresa, eu não conseguia.

Geralmente o conteúdo era voltado para grandes empresas, com mais de 100 funcionários. Era uma estrutura completamente diferente da prática, que eu não conseguia aplicar quase nada. Aí, cheguei para minha mãe e disse que não queria mais fazer administração, por conta dessa questão.

Muita coisa eu aprendi na prática, desde os 13 anos. Quando eu cheguei na faculdade, eu vi que as coisas que eu estava aprendendo, não ia poder aplicar na empresa. E ela disse: ‘mas você não vai fazer faculdade, você quer fazer o que da sua vida?’.

E eu disse que queria administrar a empresa e fazer Educação Física. E ela disse que eu só faria se conseguisse conciliar, cuidar da empresa e a faculdade. Eu consegui, conciliei as duas coisas, me formei em educação física. Ainda cheguei a dar aula, dei aula de personal (trainer), de natação, em sala de musculação.

Mas foi na época em que teve a chegada de grandes redes de academia. Quando eu tive essa percepção de que a minha mãe precisava de ajuda e que eu era o mais velho, que sempre estive lá para ajudar e que futuramente ela não estaria mais lá para tomar conta da empresa, resolvi deixar essa parte que eu gostava, de educação física, para cuidar da empresa, que era uma coisa familiar.

Acabei abandonando a área de educação física para atuar diretamente dentro da empresa e até hoje estou nela.

Renato, Maria, Dany e Leticia Dantas(Foto: Acervo pessoal / Divulgação)
Foto: Acervo pessoal / Divulgação Renato, Maria, Dany e Leticia Dantas

OP - Desde que seus pais assumiram a pastelaria, quais foram os maiores desafios enfrentados, tanto por eles e depois por você e suas irmãs?

Dany - A questão dos encargos, impostos que a gente paga. A questão do Centro estar se acabando. A gente sente e percebe desde 2016 que a gente vem em uma descendente forte e que a gente não sabe aonde vai dar, porque entra governo, sai governo, eles prometem revitalizar o Centro e nada fazem, continua sempre do mesmo jeito.

OP - Um dos elementos mais curiosos da pastelaria é a placa “a azeitona do pastel possui caroço”. Qual é a história dessa sinalização?

Dany - A princípio, a gente utilizava a azeitona com caroço e as pessoas perguntavam porque a gente não utilizava ela sem caroço. A gente, então, resolveu fazer um teste para ver se realmente funcionava.

E passou a comprar a azeitona sem o caroço. Ela vem de São Paulo em um balde grande, de 40 a 50 kg. Com o balanço, o sabor da azeitona se perde, ele passa todinho para a água de conserva. E quando você vai comer a azeitona, ela não tem gosto de nada.

Hoje, a Leão do Sul serve pastel, caldo de cana, refrigerante e cajuína(Foto: Samuel Setubal)
Foto: Samuel Setubal Hoje, a Leão do Sul serve pastel, caldo de cana, refrigerante e cajuína

É só uma massa, que não tem sabor nenhum. A gente descobriu que quando a azeitona está totalmente consistente, não se perde o sabor. Quando você morde, tem aquela capa que protege o sabor, impede de sair para água que conserva ela.

E sairia um custo muito elevado se a gente comprasse os potes pequenos. No pote pequeno ainda consegue ter o sabor pela questão da saturação da água de conserva, não tem como diluir o sabor todo nela.

A gente teve problema com os clientes, reclamando, dizendo que a gente não estava mais colocando a azeitona dentro do pastel. E resolveu retornar a utilizar a azeitona com caroço.

A massa crocante do pastel da Leão do Sul é receita de família(Foto: Samuel Setubal)
Foto: Samuel Setubal A massa crocante do pastel da Leão do Sul é receita de família

De vez em quando a gente esbarra com alguns clientes que leem a placa muito rapidamente e entende que não tem caroço. Aí a pessoa morde com força, acaba quebrando o dente, às vezes.

OP - Vocês planejam expansão da Leão do Sul?

Dany - Não, no momento não. A gente tem uma uma questão com relação a pessoas para trabalhar, a gente já passou por mais de três empresas de recursos humanos e não pára funcionário.

A gente não consegue ter uma fidelidade de pessoas que queiram vestir a camisa da empresa e trabalhar continuamente com a gente.

 

Descendentes

Filhos: Renato e Leticia Dantas

 

OP - No próximo ano, a Leão do Sul comemora 100 anos de existência. Qual é o significado desta data para vocês? Estão planejando alguma coisa especial?

Dany - A gente tem pensado em algumas ações, porque é um marco na história da empresa, apesar de não ter sido sempre da gente.

Foi passada por donos diferentes, sem ter nada a ver uma família com a outra. Somos terceiros donos diferentes na história da Leão do Sul. Estamos formatando algum tipo de evento, algo especial para que seja marcante, porque ela é um símbolo para o fortalezense.

OP - Podemos afirmar que a Leão do Sul hoje é um símbolo de resistência do Centro de Fortaleza?

Dany - A gente tem várias questões importantes e que a gente sempre tenta resolver. É difícil, porque os nossos governantes não nos ajudam e o Centro está praticamente abandonado.

Além de pastelaria, a Leão do Sul já foi também mercearia e confeitaria(Foto: Divulgação)
Foto: Divulgação Além de pastelaria, a Leão do Sul já foi também mercearia e confeitaria

Ao longo do tempo, a gente teve vários governos que disseram que iam fazer a revitalização do Centro, como colocar no hotel Savanah moradias, tornar o Centro com funcionamento 24 horas, policiamento… Mas entra governo, sai governo e a gente continua com o mesmo problema.

São mais de 400 moradores de rua morando em volta da praça e a gente percebe que o Centro está morrendo. A gente fica preocupado, porque não sabe o que vai fazer.

Os bairros estão se tornando independentes. Cada bairro tem o seu shopping. E as pessoas preferem a comodidade de estar no ar condicionado, próximo à sua casa. As pessoas cobram muito caro nos aluguéis, fica quase inviável alugar e fomentar o comércio da região.

OP - Seus filhos e seus sobrinhos pensam em dar continuidade ao negócio?

Dany - Hoje em dia a gente se depara com um problema muito grave, que é a questão de pessoas para trabalhar. A gente tem um grupo de funcionários, mas está sempre precisando de mais. Está cada dia mais difícil arranjar pessoas que queiram trabalhar e atuar na área.

Isso me preocupa de uma forma que eu não sei até onde a empresa vai ter continuidade. Então, optei em direcionar meus filhos para áreas em que eles escolhessem o que eles quisessem, independente disso.

Procurar uma carreira em que eles possam depender menos de outras pessoas para depender do seu próprio esforço e trabalho. Eu incentivo eles a terem uma profissão diferente da que eu segui, porque a gente não sabe o que pode acontecer lá na frente.

Não há planos para os filhos Renato e Leticia serem a terceira geração de proprietários da Leão do Sul(Foto: Acervo pessoal / Divulgação)
Foto: Acervo pessoal / Divulgação Não há planos para os filhos Renato e Leticia serem a terceira geração de proprietários da Leão do Sul

A minha filha está cursando veterinária e meu filho ainda está na escola, mas diz ele que pretende ser cirurgião.

OP - A sucessão de vocês possivelmente não vai ser familiar? Ou vocês ainda não pensaram nisso?

Dany - Tem a minha irmã, somos sócios, então no caso da falta de um, existe o outro. A gente procura se cuidar, cuidar da saúde, para poder ter uma longevidade maior e conseguir levar o mais longe que a gente puder.

OP - Alguns colaboradores da Leão do Sul são filhos ou irmãos de outros funcionários. Pode falar sobre isso?

Dany - A gente tem funcionários bastante antigos. Temos dois funcionários lá que chegaram a se aposentar e, por não quererem ficar parados, continuam trabalhando com a gente. A gente teve essa aceitação até mesmo porque eles fazem parte da história da empresa.

Cassimiro Gomes Neto trabalha há 40 anos na Leão do Sul(Foto: Samuel Setubal)
Foto: Samuel Setubal Cassimiro Gomes Neto trabalha há 40 anos na Leão do Sul

Inclusive, quando meu pai comprou, um desses já trabalhava para o antigo dono. Então, a gente agregou esse valor, que faz parte da história da loja. Tem muitos clientes que chegam e vão conversar com ele, lembrar de quando eram crianças, adolescentes.

Já o Cassimiro Gomes Neto é um pouco mais novo e também já está aposentado, a mãe dele trabalhava lá no caixa e depois um irmão dele mais velho trabalhou lá, também no caixa. Depois ele entrou e está até hoje na entrega dos pastéis.

OP - A que se deve o sucesso da Leão do Sul?

Dany - Eu acho que principalmente a forma como a gente cuida tanto da empresa, com em relação aos funcionários, ajudando sempre que possível, tratando a todos como realmente uma verdadeira família.

O pastel passou a ser fabricado na loja apenas na gestão dos pais de Dany, Renato e Maria Dantas(Foto: Samuel Setubal)
Foto: Samuel Setubal O pastel passou a ser fabricado na loja apenas na gestão dos pais de Dany, Renato e Maria Dantas

Quando você concilia a questão do trabalho com a questão familiar e vê que existe a possibilidade de ajudar quem está junto da gente, que veste a camisa de verdade, que está há muito tempo, funcionários de 30, 20, 12 anos de casa, é difícil a gente ter uma relação dessas e não cuidar deles.

E o cuidado com os clientes, sempre tentando agradar. A empresa já passou por três reformas ao longo dos anos, apesar do espaço ser reduzido, ser meio estreito, mas a gente conseguiu enxugar e fazer um melhor aproveitamento dos espaços para caber um pouco mais de gente.

Às vezes têm momentos em que realmente é muito complicado, porque a grande maioria dos clientes frequentam há muito tempo, então preferem ficar no calor, em pé, ao pé do balcão, levando cotovelada dos outros clientes.

Dany Dantas diz que muitos clientes têm uma memória afetiva com o lugar(Foto: Samuel Setubal)
Foto: Samuel Setubal Dany Dantas diz que muitos clientes têm uma memória afetiva com o lugar

Às vezes tem até local, banco vago para as pessoas se sentarem. A gente diz: ‘Ó, senhora, tem ali um canto para sentar’. E eles dizem ‘não, eu cresci foi aqui, levando cotovelada, vou comer aqui mesmo, não quero sair daqui do balcão, não’.

Essas histórias e a fidelidade dos clientes nos incentivam sempre estar buscando dar o nosso melhor, sempre que possível, para agradar a nossa clientela que está conosco ao longo do tempo.

OP - Você acha que as pessoas têm um vínculo emocional com o Leão do Sul?

Dany - Sim, tem um vínculo muito forte, até mesmo as pessoas mais idosas sempre frequentaram a Leão do Sul, sempre levaram seus filhos, que hoje levam seus netos, bisnetos.

Elas levam a família e relembram, contam as histórias pelas quais passaram na época em que eram jovens e frequentavam a pastelaria. Ir ao cinema com a namorada e lanchar, uma forma de agradá-la.


As coisas que aconteciam, as pessoas andavam muito alinhadas, de linho branco, de chapéu. Então, são muitas histórias antigas e que hoje a gente ainda continua escutando. Os clientes mais antigos vêm e gostam muito de conversar e de relembrar o passado.

OP - Tem alguma história que você ouviu e que tenha te marcado?

Dany - Vários clientes contam muitas histórias a respeito de como era na época. E o que marcou muito e eu nunca esqueci foi um senhor que, relembrando o passado e conversando com a gente, comentou que quando era jovem lanchava lá na loja.

Depois, pegava o bonde para ir para casa, no final da linha do bonde, na (avenida) Rui Barbosa. De lá até a Praia do Futuro era só vegetação, mata fechada.

A Pastelaria Leão do Sul também possui uma segunda unidade, na av. Washionton Soares, 3690 - Parque Manibura(Foto: Samuel Setubal)
Foto: Samuel Setubal A Pastelaria Leão do Sul também possui uma segunda unidade, na av. Washionton Soares, 3690 - Parque Manibura

OP - O que representa a Leão do Sul para a cidade de Fortaleza, no seu ponto de vista?

Dany - Eu acredito que, além de ser um ponto turístico, é um marco histórico. Ano que vem a empresa vai fazer 100 anos. Hoje em dia é muito difícil você conseguir ter uma empresa, passar por todas as dificuldades e manter ela durante esse tempo todo.

Tivemos a ajuda dos donos anteriores, estamos tentando fazer o nosso papel para ter uma longevidade cada vez maior.

 

Linha do tempo: conheça a trajetória do Leão do Sul

 

OP - Qual legado você acha que o Leão do Sul deixa para Fortaleza?

Dany - A lembrança do passado através do paladar. Quando a pessoa come o pastel e toma o caldo de cana, vêm muitas lembranças na cabeça da pessoa. É como uma coisa marcante, um perfume, uma música.

Então, acho que o pastel com caldo de cana, se tornou importante para a lembrança das pessoas, uma forma delas reviverem o passado e passarem esse passado para os seus filhos e netos.

 

 

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