Carol Kossling é jornalista e pedagoga. Tem especialização em Assessoria de Comunicação pela Universidade de Fortaleza (Unifor) e MBA em Marketing pela Faculdade CDL. Pautou sua carreira no eixo SP/CE. Fez parte da editoria de Economia e foi editora de Projetos do Grupo de Comunicação O POVO. Atualmente cursa dois MBA em ESG - Trevisan e Faculdade CDL
Um estudo com pessoas com deficiência e neurodivergentesmostra a relação com trabalho e as experiências vivenciadas em sua empregabilidade. Talento Incluir, Pacto Global Rede Brasil, Io Diversidade e Instituto Locomotiva assim o mapeamento
Há 33 anos o Brasil possui a Lei de Cotas para Pessoas com Deficiência (Lei nº 8.213/1991) que determina a obrigatoriedade em contratar pessoas com deficiência para empresas com 100 ou mais funcionários, porém na prática não é o que acontece.
A pesquisa "Radar da inclusão 2024 - Mapeando a empregabilidade de pessoas com deficiência”, promovida pela Talento Incluir, Pacto Global Rede Brasil, Io Diversidade e Instituto Locomotiva, mostra que 95% concordam que a Lei de Cotas para pessoas com deficiência é fundamental para a empregabilidade dessa população e deve continuar existindo.
Mas a percepção da maioria é que, hoje, as empresas ficam aquém de sua potencialidade. 94% diz que “Em geral, as empresas só contratam se forem obrigadas pela Lei de Cotas" e 89% aponta que “Em geral, as empresas contratam pessoas com deficiência para cumprir a cota, mas não dão condições adequadas de Trabalho".
Fica a reflexão para que no novo ano que está chegando, as empresas repensem melhor a equidade que querem promover no seu ambiente de trabalho. Isso faz parte das agendas sociais dentro do ESG. É preciso ampliar a representatividade e estabelecer metas para inclusão e pertencimento.
Capacitismo
A pesquisa ainda revela que 8 em cada 10 já se sentiram prejudicadas no mercado de trabalho por ser uma pessoa com deficiência e/ou neurodivergente. Para 82%, apenas a minoria das empresas está adaptada para receber pessoas com deficiência e/ou neurodivergentes.
E quanto maior o grau de formação, maiores as dificuldades. Para os que cursaram o ensino superior completo receberam 9% a menos de promoções; já para as pessoas com deficiência com grau de pós-graduação, as promoções foram 14% menores.
As posições de entrada, cargos como auxiliares administrativos e assistentes, posições administrativas e operacionais, são a principal ocupação para 43% da população com deficiência.
Quase metade (48%) acredita que só atua de forma autônoma por ser uma pessoa com deficiência ou neurodivergente, mas a maioria prefere continuar como empreendedora. E 85% dos empreendedores já tiveram experiência como funcionário.
A Cobap divulgou seu relatório de transparência salarial e aponta que a média salarial das mulheres hoje na empresa é 104,9% superior à dos homens. Para a gerente de gente e gestão do Grupo Cobap, Natália Albuquerque, este é um reflexo do compromisso com a igualdade. Muitos desafios permanecem, e a busca pela igualdade salarial e de oportunidades para todos continua sendo foco.
Meio ambiente
O programa “Mais Vida, Menos Lixo”, realizado pela Visões da Terra com apoio do Instituto Camboa e Ambev, já coletou, via Coopbravo, cooperativa de catadores local, mais de quatro toneladas de material reciclável na Praia do Preá, em Cruz.
O programa tem 16 pontos da reciclagem; 179 lixeira de madeiras individuais; cinco contêineres de 1000 litros para que as vilas ordenem melhor seu rejeito; adesão de 59 estabelecimentos comerciais da região; 16 mutirões de sensibilização e limpeza com a comunidade feitos dois meses e sete estações de gestão de resíduos.
Compensação
Ao longo deste ano, o CenaCE emitiu mais de 5,8 toneladas de CO2. A 101 Produções, uma das produtoras deste projeto, está compensando as emissões por meio do plantio e manutenção de 41 mudas de árvores nativas da Mata Atlântica.
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