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Soluções: é possível impedir a desertificação e restaurar áreas já afetadas
Reportagem Seriada

Soluções: é possível impedir a desertificação e restaurar áreas já afetadas

Neste episódio da segunda temporada do especial Mudanças Climáticas no Ceará, entenda como estratégias de convivência com a seca e o semiárido, tecnologias sociais, preservação de recursos hídricos e restauração de áreas degradadas unem-se contra a desertificação — antes e depois dela aparecer
Episódio 7

Soluções: é possível impedir a desertificação e restaurar áreas já afetadas

Neste episódio da segunda temporada do especial Mudanças Climáticas no Ceará, entenda como estratégias de convivência com a seca e o semiárido, tecnologias sociais, preservação de recursos hídricos e restauração de áreas degradadas unem-se contra a desertificação — antes e depois dela aparecer
Episódio 7
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As juremas-pretas (Mimosa tenuiflora) florindo ao largo da estrada atraem nosso olhar. Elas desabrocham em flores brancas pequeninas, reunidas em espigas, que se esticam e balançam com o vento. “É um sinal de que esse terreno estava degradado”, menciona o biólogo Samuel Portela, coordenador de Conservação da Biodiversidade da Associação Caatinga.

A jurema-preta recebe esse nome pela cor das raízes. Ela é uma das árvores nativas da caatinga e floresce no período seco(Foto: FERNANDA BARROS)
Foto: FERNANDA BARROS A jurema-preta recebe esse nome pela cor das raízes. Ela é uma das árvores nativas da caatinga e floresce no período seco

Achei curioso e demorei a entender. Como um conjunto de plantas poderia indicar degradação? “Elas são o que chamamos de pioneiras”, explica. São as primeiras espécies a vingarem quando o solo é desmatado, porque dependem mais do sol.

Depois de crescerem o suficiente, dão as condições de sombra para as espécies secundárias, que por sua vez esticam-se tanto que tapam o sol das juremas. Elas, por sua vez, viajam em sementes, por vias aéreas e aquáticas, até encontrarem outros pontos para desbravar.

A biodiversidade mais uma vez ensinando sobre interdependência. O que acontece quando a excluímos da equação, substituindo-a por monoculturas? E se adicionarmos gado, secas e chuvas mais intensas? A resposta geralmente é desertificação.

Na primeira temporada deste especial, a desertificação foi o ponto de partida para explorar os efeitos da crise climática no Ceará. Calculamos a equação de condições climáticas e ações humanas, além de explicarmos bem as etapas de desertificação que não secam o solo, mas o transformam em pedra.

Hoje, é momento de falar de soluções: da prevenção à cura.

A desertificação é algo como um câncer. Há um componente “genético” — o fato de o fenômeno ocorrer apenas em regiões semiáridas, subúmidas ou secas —, e o componente de “hábitos de risco” — nesse caso, o manejo inadequado do solo, as monoculturas e o pisoteamento pelo gado, ou seja, a expansão agropecuária extensiva.

Ela também pode entrar em metástase, como bem definido pelo professor Flávio Nascimento, coordenador geral de ações transversais do Departamento Nacional de Combate à Desertificação (DCDE/MMA); mas isso é assunto para o final da reportagem. Antes disso, falemos sobre prevenção.

 

 

É preciso mudar a lógica de produção

O semiárido brasileiro tem um problema: ele importou as práticas agropecuárias dos climas tropicais e subúmidos.

“A gente fica culturalmente reproduzindo o que é feito nesses climas… O sonho do sertanejo é ser fazendeiro”, reflete Francisca Soares, doutora em Biologia Vegetal pela Unicamp e professora do programa de pós-graduação Ecologia e Recursos Naturais, do departamento de Biologia da Universidade Federal do Ceará (UFC).

No histórico de desmatamentos frequentes, secas severas e crise hídrica e extinção de espécies da fauna e flora, a desertificação foi se ampliando. “Esse é o cenário, está posto. E o que pode ser feito?”, questiona a professora.

A criação de pequenos animais, por exemplo, é menos impactante. O ideal seria trocar a pecuária pela ovinocultura e pela caprinocultura. Tão marcantes de uma identidade nordestina, ovelhas e cabras demandam menos pastagem e têm mais compatibilidade com o clima.

“O problema é cultural: culturalmente o nordestino quer criar boi. Para se sentir fazendeiro, ele tem que ter vaca, só que não é adequado”, pontua. A restauração também é essencial, mas com plantas nativas.

Cabras e ovelhas estão marcadas na identidade cultural sertaneja e nordestina(Foto: FERNANDA BARROS)
Foto: FERNANDA BARROS Cabras e ovelhas estão marcadas na identidade cultural sertaneja e nordestina

A mudança cultural vai para além dos modelos econômicos: a própria lógica de convivência com a seca precisa mudar. Aliás, falar de convivência em vez de combate é uma grande transformação do paradigma brasileiro.

Se em 1909 surge a Inspetoria de Obras Contra as Secas (IOCS), atual Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs, desde 1945), para construir açudes pensando em ganhar a batalha contra a seca; é a partir da década de 1980 que surgem as propostas de convivência com o semiárido.

Entre elas, as tecnologias sociais. Estamos novamente na Reserva Natural Serra das Almas, passeando pela comunidade Jatobá Medonho. Lá, conhecemos Antônia Gomes Bezerra, 58, e Aureliano Rodrigues da Silva Neto, 93, moradores que passaram a usar as tecnologias sociais ofertadas pela Associação Caatinga. A seguir, conheça as histórias deles, e mais:

 


 

Agroflorestas, quintais produtivos e o conhecimento tradicional das mulheres

É hora de dizer adeus à Serra das Almas e pegar a estrada de 300 quilômetros até Quixeramobim, a segunda cidade mais populosa do Sertão central, com 85.797 habitantes em 2024.

O brasão de armas da cidade diz tudo o que precisamos saber: adornados por dois ramos de algodão, um boi e duas vacas pastam em frente à Câmara Municipal de Quixeramobim. Esta é a cidade de origem da Confederação do Equador e terra natal de Antônio Conselheiro.

Em homenagem a ele, surge o Instituto Antônio Conselheiro (IAC), organização não governamental que trabalha com agricultores familiares a partir da agroecologia e do desenvolvimento rural sustentável.

Um dos pontos de atenção do projeto é prevenir a desertificação nos territórios dos associados. Para isso, o IAC tem promovido formações em agroecologia e sistemas agroflorestais entre os agricultores.

“Não apenas como substituição de insumos ou de modelos de produção, mas a gente trabalha a agroecologia como ciência de pensar metodologias adaptadas às condições locais, à vivência dos agricultores e agricultoras familiares”, explica Jardenes Matos, coordenadora técnica de projetos do IAC.

É da agroecologia que surge o sistema agroflorestal e de quintais produtivos. Na foto, a agricultora Alcy Pereira, 50(Foto: Tarcisio Filho)
Foto: Tarcisio Filho É da agroecologia que surge o sistema agroflorestal e de quintais produtivos. Na foto, a agricultora Alcy Pereira, 50

várias definições da agroecologia, mas ela basicamente consiste em um conjunto de conhecimentos multidisciplinares e baseados na ecologia para fazer um manejo agrícola sustentável. E é dela que surge o sistema agroflorestais e de quintais produtivos: áreas de produção que têm intervenção humana, mas usam metodologias que tentam imitar a natureza.

“A agroecologia depende também do conhecimento popular”, localiza Jardenes. “E quem melhor tem acolhido a agroecologia é a mulher.

Uma dessas mulheres é Alcy Pereira Santos, 50, agricultora de Vila Rica, comunidade de Quixadá (CE), onde o IAC também atua. Filha de agricultores, Alcy sempre viveu na roça: com o pai, plantava milho e feijão. Cresceu em uma fazenda “de terra alheia”, de onde a família foi expulsa tempos depois.

Maria Alcy Pereira Santos, 50, é agricultora de Quixadá que trabalha com agroecologia e vende o excedente do quintal produtivo em feiras agroecológicas(Foto: Leonardo Reis / Cetra)
Foto: Leonardo Reis / Cetra Maria Alcy Pereira Santos, 50, é agricultora de Quixadá que trabalha com agroecologia e vende o excedente do quintal produtivo em feiras agroecológicas

Com esforço e muito trabalho, ela conseguiu comprar um terreno na mesma área. Desde 2012, com apoio do IAC e do Centro de Estudos do Trabalho e de Assessoria ao Trabalhador e à Trabalhadora (Cetra), tem um quintal produtivo de 50 m², com uma cisterna de enxurrada. Dele sai quase tudo o que ela precisa: milho, feijão, algodão agroecológico, amendoim, caju, rúculo, alface, espinafre, couve-manteiga, manjericão, gergelim, pimenta, quiabo, mamão… a lista continua.

“A preocupação que eles (o IAC e o Cetra) tinham era com a nossa saúde, que a gente não deveria usar veneno”, lembra. “A gente tinha outra cultura, que era só milho e feijão…Aí eu falei: ‘Pai, eu vou tentar’. Os vizinhos começaram a dizer que não iria dar em nada, mas eu abracei a causa e comecei.”

“Só trabalha com agroecologia quem ama. Porque, na verdade, a gente tem muitos problemas, né? Porque o homem em si, ele destruiu muito a natureza”, aponta Alcy. “Ela se encontra muito arrasada, não tem mais as coisas que protegem os animais, que protegem a nossa terra. Mas se a gente aderir (à agroecologia), a gente vai ter a possibilidade de crescer e de ter uma alimentação com qualidade.”

Há mais de dez anos como agricultora agroecológica, Alcy vê que está vivendo o sonho. Gasta pouco dinheiro com compras para alimentação, pois quase tudo vem do quintal, e participa de feiras agroecológicas vendendo o excedente produzido, entre eles polpas, doces e geleias.

Para ela, levantar de madrugada, ainda escuro lá fora, e ficar até as nove da manhã plantando, cuidando e colhendo é a vida ideal. E está empolgada para começar a agrofloresta de 30m², a ser construída com o Cetra, onde plantará mudas de frutas e de árvores nativas.

Feira Agroecológica e Solidária de Paracuru, promovida pelo Cetra(Foto: Rose Serafim / Cetra)
Foto: Rose Serafim / Cetra Feira Agroecológica e Solidária de Paracuru, promovida pelo Cetra

“Hoje eu me sinto empoderada. Quando eu aderi à agroecologia, eu tive domínio de mim mesma", orgulha-se. "Antes de participar dessas instituições, eu era aquela mulher que aceitava tudo. O homem era quem falava e a gente só colaborava. Então, era como se a gente nunca trabalhasse. Aí veio uma formação da agroecologia, e eu fui vendo, poxa, como eu sou valorizada. Como eu trabalho, como eu coloco vida dentro da minha casa!”

A história de Alcy reforça o que o professor Flávio sintetiza: “Combater a desertificação significa produzir melhor.” “Todas as ações e formas de intervenções têm como base a restauração e o aumento da produção.”



 

Serrapilheira: como recuperar áreas já desertificadas

Todas as medidas apresentadas até agora estavam voltadas para a prevenção. Mas o que fazer quando um terreno já está desertificado? Há volta? A resposta é sim.

O primeiro passo é evitar todos os agravantes: retirar o gado e deixar o solo descansar sem monoculturas. A professora Francisca Soares, da UFC, cita a eficiência do transplante de serapilheira para restaurar o solo.



“Qualquer produtor rural pode fazer isso (mesmo no período seco). É pegar aquele bagaço "A serrapilheira é a camada de folhas secas, galhos, restos de frutas, flores e animais mortos fica na superfície do solo" do interior da caatinga, jogar no terreno e cobrir com mantas de fibra de coco, que também se decompõe como matéria orgânica”, explica a pesquisadora.

“Tudo isso ajuda a enriquecer o solo, porque a principal dificuldade de regeneração natural é a perda da camada superficial que tem matéria orgânica e que facilita o estabelecimento das plantas.

Quando a época das chuvas chegar, aos poucos as plantas começarão a crescer. A priori, serão herbáceas, cujo crescimento rápido das micro-raízes irá criar fissuras minúsculas no solo, permitindo a absorção de água. Então, o solo estará mais apto para receber as sementes de árvores por dispersão natural.

No primeiro ano após a transposição da serrapilheira, herbáceas já estavam altas. Após 11 anos (da imagem), a serrapilheira aumentou, houve cobertura de arbustos e 11 espécies lenhosas de árvores se estabeleceram após chegar por dispersão natural(Foto: Arquivo pessoal / Francisca Araújo)
Foto: Arquivo pessoal / Francisca Araújo No primeiro ano após a transposição da serrapilheira, herbáceas já estavam altas. Após 11 anos (da imagem), a serrapilheira aumentou, houve cobertura de arbustos e 11 espécies lenhosas de árvores se estabeleceram após chegar por dispersão natural

O geógrafo Flávio Nascimento, coordenador do DCDE/MMA e professor titular de Geografia na UFC, cita as experiências de recolonização vegetal promovidas pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), entre elas o projeto Brum.

Iniciado em 2012 em Jaguaribe, ele é um dos mais bem sucedidos do mundo em recuperação de áreas degradadas. “Até a Organização das Nações Unidas (ONU) visitou lá”, relembra o professor.

A comunidade do Brum, em Jaguaribe, foi objeto de estudo da Funceme para recuperação de área degradada após processo de desertificação(Foto: Divulgação/Funceme)
Foto: Divulgação/Funceme A comunidade do Brum, em Jaguaribe, foi objeto de estudo da Funceme para recuperação de área degradada após processo de desertificação

Com financiamento do Fundo Clima, do Ministério do Meio Ambiente e Mudanças do Clima (MMA), e a cessão de uma área de cinco hectares — dos quais três estavam em processo adiantado de degradação — pelo líder comunitário Neto do Brum, a Funceme começou os trabalhos.

Fez um diagnóstico socioeconômico das famílias da comunidade e diagnóstico físico da região, e a partir daí começou com as intervenções físicas. Entre elas, barramentos de pedra para impedir que o solo seja levado por enxurradas de água, terraceamento, sulcamento, escarificação "Prática agrícola que consiste em romper camadas compactadas do solo, geralmente formadas por tráfego intenso de máquinas, pisoteio de animais ou operações de preparo do solo com arados e grades" do solo e aplicação de material orgânico e serrapilheira.

Em matéria da Funceme de 2015, Neto do Brum relata: “Tínhamos a cultura de fazer queimadas e usar bastante agrotóxico. Chegou um momento em que a terra zerou e passou a negar o que eu investia. Tive que parar, ver onde errei e melhorar. No meu caso, o número excessivo de animais contribuiu para a degradação.”

 

 

Desertificação em metástase

Em 2025, o Brasil sedia a 30ª Conferência das Partes (COP30) pelo Clima, o maior evento mundial entre nações para enfrentar a crise climática. Existem outras duas COPs igualmente relevantes: a COP da Biodiversidade (que O POVO+ cobriu ano passado, você pode conferir aqui) e a COP da Desertificação.

Ambas são bianuais, mas infelizmente a COP da Desertificação é a menos conhecida e mencionada quando o assunto é conferência das partes. “A desertificação é, de certa forma, muito conhecida. E é o principal problema climática do Nordeste”, comenta Flávio Nascimento.

Ocorre que a desertificação pode, nem tão aos poucos assim, ser um problema de outras regiões nos próximos anos. À medida que os “focos” de desertificação se estabelecem, eles vão influenciando o microclima das regiões do entorno.

Com isso e a expansão agropecuária, novas áreas vão somando as características para estarem propícias à desertificação. É o que está acontecendo no norte de Minas Gerais e no norte do Espírito Santo, como identifica a pesquisa da tese de doutorado do geógrafo Leonardo Matiazzi, do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), campus Serra, e doutor em Geografia e Ordenamento Ambiental Territorial.

“Quando você leva para as mudanças climáticas, essas áreas que estão no entorno, essas áreas marginais, de transição entre uma área úmida e uma área semiárida e árida são muito sensíveis”, comenta Leonardo.

Cerca de duas semanas após o crime ambiental da barragem em Mariana, que aconteceu em 5 de novembro de 2015, os resíduos de ferro alcançaram as águas do Oceano Atlântico, a partir do Espiríto Santo(Foto: Joshua Stevens / NASA Earth Observatory)
Foto: Joshua Stevens / NASA Earth Observatory Cerca de duas semanas após o crime ambiental da barragem em Mariana, que aconteceu em 5 de novembro de 2015, os resíduos de ferro alcançaram as águas do Oceano Atlântico, a partir do Espiríto Santo

“O norte do Espírito Santo é (de clima) tropical úmido ou subúmido. Mas a peculiaridade é que essa é a última fronteira do sudeste a ser ocupada”, descreve o pesquisador. Além da expansão agressiva da agropecuária, o norte do rio Doce (rio afetado pelo rompimento da barragem de Mariana, em Minas Gerais) passou a ser ocupado no início do século XX.

Segundo o Programa de Ação Nacional de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca (PAN-Brasil), um quarto das terras capixabas estão em áreas de entorno a áreas suscetíveis de desertificação. No entanto, o que Leonardo tem identificado com a tese é que elas deixaram de ser “de entorno” para transformarem-se em regiões de fato vulneráveis.

Essa possibilidade da desertificação se expandir é comparada pelo professor Flávio a uma metástase cancerígena.

“Quando a caatinga é desmatada, a gente vê os impactos nas bordas. Ela começa a pressionar e a ameaçar o bioma da Mata Atlântica”, descreve o professor. “Há um severo risco na borda da Amazônia, e ademais o próprio Cerrado. Inclusive em direção ao Matopiba "Região formada pelo estado do Tocantins e partes dos estados do Maranhão, Piauí e Bahia, onde ocorreu forte expansão agrícola a partir da segunda metade dos anos 1980, especialmente no cultivo de grãos. [Fonte: Embrapa]" .”

Afinal, os mesmos processos de desmatamento e uso intensivo da terra implementados no Nordeste vão sendo implementados nas outras regiões. Segundo Leonardo Matiazzi, o modelo que exauriu o território capixaba é replicado na Amazônia.

“O modelo de ocupação é o mesmo: é a lógica de de natureza infinita, de tratar a natureza como recurso.”

Não de repente, o perigo da desertificação deixa de ser um medo nordestino e passa a ameaçar todas as bordas — e, sem nenhuma ação política, as bordas das bordas… Leonardo descreve a imagem de drone das áreas capixabas desertificadas como “rupturas na pele”. É preciso, então, prevenir a doença.

 

Você já deve ter percebido que as soluções dependem de muito mais do que "apenas" tecnologias sociais: elas precisam de políticas públicas. No próximo episódio, vamos falar sobre o avanço do mar e soluções que já estão em prática, mas são insuficientes. Agora, é a urgência das políticas de entrarem em ação. Te espero lá!

Expediente

  • Texto e recursos digitais Catalina Leite
  • Edição O POVO+ Fátima Sudário
  • Imagens Fernanda Barros/O POVO
  • Identidade visual e edição de design Cristiane Frota
  • Agradecimentos Em especial à Associação Caatinga pelo convite à equipe do O POVO+ para visita de quatro dias à RPPN Reserva Natural Serra das Almas, no Planalto da Ibiapaba. Agradecemos também a todas as pessoas que, em suas comunidades, contribuíram para a realização desta reportagem
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