Pré-candidato do PDT à Prefeitura de Fortaleza, o deputado estadual Salmito Filho (PDT) falou ontem, em entrevista à Rádio O POVO CBN, sobre a segurança pública na Capital e o combate ao aumento do número de homicídios. Segundo ele, a questão não será resolvida apenas "com repressão", mas com a continuidade de políticas sociais, educacionais, culturais e que revitalizem os espaços públicos.

"A Prefeitura pode fazer muito, vem fazendo e precisa avançar, principalmente, no espaço urbano, praças públicas, com espaços coletivos qualificados e requalificados para a vida comunitária. A presença de sentimento de pertencimento e vizinhança é a melhor forma de evitar atos de violência", avaliou o deputado.

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A declaração foi dada durante entrevista que integra série realizada e transmitida em várias plataformas do O POVO com os pré-candidatos ao Paço Municipal. O encontro foi mediado pelo editor-executivo da Rádio O POVO CBN, Ítalo Coriolano, com participação das jornalistas Sílvia Bessa e Rachel Gomes. Salmito foi a 13ª participação do programa.

O pedetista reforçou ainda o interesse em adotar modelo de polícia comunitária, capaz de "deixar de lado o ponto de vista repressivo" e garantir uma proteção social urbana que estabeleça "conexões diretas com a comunidade". "Nós precisamos de uma guarda que seja cidadã. A polícia comunitária é aquela que acompanha a criança, o pai e a mãe quando estão se deslocando, muitas vezes, direitos garantidos formalmente, mas que no dia a dia a comunidade não conhece" disse.

Questionado sobre críticas comuns realizadas à Prefeitura de Fortaleza de pouco investimento nas áreas de periferia na Capital, Salmito afirmou que a atual gestão possui projetos "para toda a cidade". "A gestão do prefeito Roberto Cláudio investe na cidade inteira. O projeto de área nobre está chegando exatamente agora no final do segundo mandato da gestão" avaliou.

Em resposta à pergunta de um ouvinte sobre as polêmicas envolvendo a aprovação do Conselho Gestor para demarcação de loteamento na Área de Proteção Ambiental (APA) na Sabiaguaba, Salmito afirmou que o parque tem que ser preservado e garantido. "Empreendimentos são necessários em Fortaleza, desde que respeitem todo o ordenamento jurídico, a legislação ambiental e com a devida participação da sociedade civil", ponderou.

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Segundo o parlamentar, a gestão da Capital mantém fortes políticas ambientais, entre elas a requalificação do rio Maranguapinho e do rio Cocó. "São projetos que recolocam pessoas que moravam em área de risco de morte. Então temos aí um problema ambiental, social e habitacional. Contudo, ele aponta que os projetos não se executam "em dois, quatro ou oito anos".

O pré-candidato defendeu ainda a adoção de políticas onde a Prefeitura estabeleça "um diálogo de união", especialmente, com as pessoas "que mais são vítimas da desigualdade social", a qual julga ser "intensa e brutal em Fortaleza". Salmito apontou o fenômeno do desequilíbrio de renda como um problema histórico da Capital, sendo a atual gestão incapaz de resolver "tudo em oito anos" e que "não se muda em um, dois, três ou quatro mandatos".

 

Série

A série de entrevistas com pré-candidatos à Prefeitura continua hoje com Samuel Dias, um dos postulantes do PDT. A transmissão pela Rádio O POVO CBN e redes sociais do O POVO começa às 9h05min