Neste fim de ano, o que você gostaria de reencontrar? O conforto do abraço daquele amigo de quem sente muita saudade? O cheirinho especial de alguém que se foi sem se despedir? A comida gostosa de uma pessoa querida que nem sabe, mas te fez um bem danado? Talvez o lugar do seu primeiro encontro com aquele grande amor? Ou, quem sabe, aquela música que invadiu corpo adentro e te levou para mais perto de si mesmo?
Como um carrossel que nunca para de rodar, a vida por vezes nos leva a revisitar esses rostos, lugares, sentimentos, experiências.
Os reencontros mostram que o mundo continua a girar: as páginas do calendário mudam, as flores caem do ipê, as luzes piscam e, de repente, já é Natal outra vez.
Na estante do hoje, uma coleção de memórias que vivemos ontem — algumas boas e outras nem tanto — desperta os diversos sentimentos que dão sentido ao existir. Rir, chorar, dar, receber, lembrar, esquecer. Enquanto cada coisa ordinária se torna elemento de dias extraordinários, o novo envelhece.
Mas os dias não foram uma pura e simples passagem de tempo; foram momentos de reflexão, reconstrução, adaptação. Mudanças decididas de frente para o espelho e outras que refletiram como os outros nos espelham de dentro para fora.
Somos todos personagens das nossas histórias. São elas que nos movem, que contam quem somos e guardam a memória do que fizemos. São nossa herança, nosso nome, nossas ações. Nossas presenças e nossas ausências.
Das desgraças e dos escapes à realidade, dos ruídos ao completo silêncio, de estar junto e de estar só, dos momentos racionais aos de emoção, da distração à atenção. Somos um conjunto dessas incompletudes.
A natureza é implacável quando apresenta seu único mal irremediável: o que é vivo, morre. Mas é também generosa quando revela que é possível renascer até a plenitude — a primavera vem, as flores desabrocham, as pétalas desprendem-se. A vida segue seu curso e se repete na estação.
O tempo, aquele senhor dos destinos que só anda de ida, caminha em seus próprios rumos e ritmos. Mas seja qual for a sua relação com o passado, você foi sujeito e protagonista dessas histórias.
E veja só: tempo, histórias e reencontros também são grandezas que constroem o jornalismo — porque ele é feito de pessoas. A cada entrevista, elas aceitam mostrar para nós seu rosto, lugar, sentimento, experiência.
Em 2024, nossa equipe embarcou em grandes viagens e registrou momentos que impactaram milhares de vidas.
De Norte a Sul, narramos a simplicidade que mora no terreno das coisas cotidianas e anônimas, mas também a profundidade com que vivem pessoas como Narciso, Hipólito, Nísia, Diego, Marcelânia, Adriana, Jefferson, Jaime, Marcos e Gláucia.
Em clima de retrospectiva, O POVO+ escolheu algumas das reportagens especiais que mais emocionaram, envolveram e encantaram em 2024 — e reencontrou as pessoas que as protagonizaram.
Ao refletirem sobre passado, presente e futuro, elas mostram como as palavras guardam o peso de quem as pronuncia. Vamos juntos reencontrá-las a seguir?
Reencontre dez personagens que marcaram 2024 no O POVO+
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"Oie :) Aqui é Karyne Lane, repórter do OP+. Te convido a deixar sua opinião sobre esse conteúdo lá embaixo, nos comentários. Até a próxima!"