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Inteligência artificial e o ESG
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Carol Kossling é jornalista e pedagoga. Tem especialização em Assessoria de Comunicação pela Unifor e MBA em Marketing pela Faculdade CDL. Pautou sua carreira no eixo SP/CE. Fez parte da equipe de reportagem do Anuário Ceará e da editoria de Economia do O POVO. Atualmente é Editora de Projetos do Grupo de Comunicação O POVO

Inteligência artificial e o ESG

Resiliência corporativa e o avanço da IA no cenário ESG vem sendo discutidos pelo mercado
Tipo Notícia
 RAISA Francescato é diretora de 
Negócios Internacionais da Ivy Group SA (Foto: Guilherme Jesus_Arquivo pessoal)
Foto: Guilherme Jesus_Arquivo pessoal RAISA Francescato é diretora de Negócios Internacionais da Ivy Group SA

Duas pautas atuais, a Inteligência Artificial (IA) e o ESG possuem uma relação cada vez mais relevante, uma vez que a IA pode desempenhar um papel crucial na promoção e implementação de práticas sustentáveis e éticas nas empresas.

Para Raisa Francescato, diretora de Negócios Internacionais da Ivy Group e consultora de branding, a aplicação de IA em contextos ambientais, sociais e de governança é uma prática poderosa que está sendo utilizada para refinar estratégias corporativas e aumentar a transparência em relatórios de sustentabilidade.

Por exemplo, de acordo com dados divulgados pelo Fórum Econômico Mundial no ano passado, as organizações que adotam IA para relatórios ESG têm 2,2 vezes mais probabilidade de medir emissões de forma abrangente e 1,9 vez mais probabilidade de alinhar as reduções de emissões com suas metas declaradas.

Esses números ressaltam o papel fundamental da IA não apenas no rastreamento, mas no gerenciamento eficaz dos impactos ambientais corporativos.

No entanto, a integração da IA em estratégias ESG não é isenta de desafios. A variabilidade nas previsões de IA e o potencial de erros em contextos ESG complexos podem levar a decisões abaixo do ideal com impactos negativos potencialmente significativos nas metas ESG, segundo o escritório de advocacia americano Barnes & Thornburg.

O que destaca a necessidade de uma abordagem equilibrada que inclua supervisão humana robusta para mitigar os riscos associados à tomada de decisão automatizada. Apesar dos desafios – comuns a várias que lançam mão da tecnologia, o impacto positivo da IA no ESG é significativo, promovendo práticas mais informadas e transparentes.

Esse cenário em rápida evolução demonstra que a IA, quando efetivamente gerenciada é capaz de correlacionar dados díspares e produzir melhores análises e insights de ESG, em particular para rastreamento de emissões de gases de efeito estufa, contribuindo substancialmente para a consecução de metas ESG, promovendo tanto a resiliência corporativa quanto o crescimento sustentável. O

Integridade 

A Insight Comunicação lança a edição 2024 do Anuário Integridade ESG. O Banco do Brasil ficou em primeiro lugar no ranking. O top 10 das corporações de destaque EGS tem, na sequência, Petrobras, Ambev, Suzano, Caixa, Bradesco, Gerdau, Natura, Santander e Itaú Unibanco.

O estudo contempla a cobertura de mais segmentos da economia e um número ainda maior de cases empresariais vinculados à agenda ESG. Os rankings setoriais destacam as companhias mais bem classificadas em seus respectivos ramos de atuação.

O conteúdo abrange dez áreas de negócios: bancário e financeiro; petróleo, gás e biocombustíveis; alimentos e bebidas; papel e celulose; metalurgia e siderurgia; cosméticos; veículos e autopeças; energia elétrica; água, saneamento e gestão ambiental; e varejo.

As instituições financeiras desempenham um papel importante na promoção da sustentabilidade em vários setores da economia. Não por coincidência, estão entre as empresas mais bem colocadas no ranking, seja por, cada vez, vincular e condicionar suas operações, notadamente de crédito, ao cumprimento de
metas ESG, seja pelo número de ações voltadas à sociedade e aos seus colaboradores.

O setor financeiro e bancário tem cinco representantes no Top 10 do Anuário, seguido pelas áreas de Petróleo, Gás e Biocombustíveis e Energia Elétrica – esta última subiu quatro posições em relação ao Anuário anterior. Agricultura, Alimentos e Bebidas; e Veículos e Autopeças vêm um pouco abaixo.

Ciclo de vida

Um estudo foi realizado com base no Inventário do Ciclo de Vida fez um comparativo entre os materiais mais utilizados para o envase de líquidos  - água, refrigerante e óleo comestível. 

A “Avaliação do Ciclo de Vida da Embalagens PET para Alimentos Líquidos” comparou 11 unidades diferentes de embalagem, conforme tamanho e tipo de uso. Foram seis embalagens PET, duas de alumínio, duas de vidro e uma de folha de flandres (aço). No resultado final, o PET demonstrou desempenho superior às alternativas avaliadas.

O estudo contemplou todos os elos da cadeia produtiva, distribuição e comercialização dessas embalagens, através da colaboração das principais empresas que atuam no setor de alimentos líquidos no Brasil, além de fabricantes de resinas de PET, produtores de embalagens, envasadores e distribuidores, com foco em água mineral, refrigerantes e óleo comestível.

São elas: ADM, Alpek, Ambev, Amcor, Bunge, Cargill, Coca-cola, Convenção RJ, Danone, Engepack, Femsa, Global PET, Heineken, Imcopa, Indorama, LDC, Mate Couro, Minalba, Pepsi, Petrópolis, Plastipak, Recofarma, Solar e Valgroup.

Educação ambiental

A Juá lançou o projeto Recicla Juá focado no sistema logística reversa de garrafas PET. O projeto promove práticas sustentáveis e oferece suporte direto aos catadores de materiais recicláveis.

A proposta inclui a realização de aulas em escolas locais de Juazeiro do Norte, seguidas por uma gincana para incentivar a coleta de garrafas PET entre os alunos, com competições saudáveis para promover o engajamento e a mobilização de todos.

Além do aspecto educacional, o projeto facilita o trabalho dos catadores de lixo, já que as garrafas coletadas são doadas diretamente para os catadores, reduzindo seu esforço para encontrar material reciclável nas ruas e melhorando suas condições de trabalho e segurança.

A Juá também planeja expandir o projeto para redes de supermercados em Juazeiro do Norte a partir de outubro.

Logística

Com o tema central "Transição Logística e ESG", a Expolog 2024, que acontecerá entre os dias 27 e 28 de novembro, destacará a crescente importância da sustentabilidade e das boas práticas de governança corporativa.

Ao integrar os princípios ESG em suas operações, as empresas logísticas contribuem para um futuro mais sustentável de várias formas. A otimização de rotas, o uso de combustíveis menos poluentes e a redução das emissões de gases de efeito estufa são algumas das ações que minimizam a pegada ambiental do setor.

Além disso, a implementação de práticas seguras e a promoção da diversidade e inclusão no ambiente de trabalho melhoram a qualidade de vida dos colaboradores e das comunidades onde atuam. Empresas comprometidas com o ESG atraem investidores, clientes e talentos, fortalecendo sua reputação no mercado.

Um exemplo significativo dessa transformação é a crescente adoção de frotas de veículos elétricos. Uma pesquisa do Conselho Internacional de Transporte Limpo aponta que carros elétricos de bateria de tamanho médio emitem entre 60% e 75% menos carbono em comparação aos veículos com motor de combustão durante toda a sua vida útil.

Essa mudança contribui para a melhoria da qualidade do ar nas áreas urbanas e para o cumprimento das metas de redução da pegada de carbono, alinhando-se aos compromissos ambientais.

Match

A Cerbras realizou parceria com a Enel através do projeto Ecoenel, durante a 1ª Semana da Sustentabilidade. A união proporcionou a coleta dos resíduos domiciliares dos fornecedores, colaboradores e comunidade local, para que sejam reciclados e convertidos em desconto na conta de energia, contribuindo para a redução e controle da poluição ambiental.

Ao invés de usar o bônus na própria conta de energia, os participantes do projeto também puderam destiná-lo a uma instituição social, que esteja localizada na área de concessão da Enel.

“Por meio dessa parceria, geramos valor compartilhado e reforçamos o compromisso de ambas as instituições com o meio ambiente e a sociedade como um todo”, destaca Ticiana Mota, vice-presidente administrativa e ambiental da Cerbras.

Fome

O Instituto Assaí doou mais de 3 milhões de refeições até agosto de 2024, por meio dos projetos Cozinha Solidária, Destino Certo, Doações Diretas e Mobilizações. Ele também parte da coalizão Pacto contra a Fome, e é um dos cofinanciadores do Movimento Todos à Mesa (TaM).

 

 


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