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Nós, a PEC das praias e o meio ambiente
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Carol Kossling é jornalista e pedagoga. Tem especialização em Assessoria de Comunicação pela Unifor e MBA em Marketing pela Faculdade CDL. Pautou sua carreira no eixo SP/CE. Fez parte da equipe de reportagem do Anuário Ceará e da editoria de Economia do O POVO. Atualmente é Editora de Projetos do Grupo de Comunicação O POVO

Nós, a PEC das praias e o meio ambiente

Dia 5 de junho é o o Dia Mundial do Meio Ambiente e é sempre bom lembrarmos que é necessário preservá-lo e regenerá-lo para a manutenção da vida
Tipo Notícia
MAURO Costa é gerente-sênior de suprimentos da Natura
 (Foto: Mariana Almeida/ Cabron Studios/Divulgação Natura)
Foto: Mariana Almeida/ Cabron Studios/Divulgação Natura MAURO Costa é gerente-sênior de suprimentos da Natura

Ainda mal nos recuperamos do desastre ambiental no Rio Grande do Sul e das altas temperaturas em todo o mundo, nos deparamos essa semana com mais uma pauta polêmica em relação ao meio ambiente, a proposta de emenda à Constituição 3/2022, mais conhecida como PEC das Praias.

Ela fala sobre a questão de unidades ambientais federais e terrenos da marinha em áreas não ocupadas ou ligadas ao serviço público federal ficam com a União. Estados e municípios controlariam áreas vinculadas ao serviço público estadual e municipal.

E, ainda, os particulares inscritos no órgão de gestão do patrimônio da União também teriam domínio pleno dos locais que já têm a propriedade. Assim, entende-se que o a proposta sobrepõe o interesse privado ao público.

Estimula e favorece a privatização e o cercamento das praias e, também, ameaça os ecossistemas e põe em risco a sobrevivência de povos e comunidades tradicionais, entre outras coisinhas mais.

Ficaremos de olho nos desdobramentos e votações futuras, ainda mais em nessa semana, em que é celebrado o Dia Mundial do Meio Ambiente, em 5 de junho, que reforça a conscientização da preservação e regeneração dos diferentes ecossistemas naturais e sociais envolvidos na interação manutenção da vida no planeta.

Amazônia brasileira

Há 16 anos, a Natura pensou o primeiro Sistema Agroflorestal (SAF) para cultivo de óleo de dendê no mundo, em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa em Agropecuária (Embrapa) e a Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu (Camta), na Amazônia brasileira.

O projeto comprovou que a palma, ou dendê como é popular no Brasil, quando produzida em sistemas agroflorestais é mais produtiva e sustentável do que em sistema de monocultura.

Atualmente, conta com 182 hectares e a meta é atingir 40 mil hectares até 2035 para aumentar o volume de produção desse insumo e garantir o abastecimento sustentável para as operações da Natura.

"É uma uma matéria-prima bem importante para indústria de cosméticos e até de alimentos. Estudamos durante 15 anos com rigor científico e validamos que é possível e viável do ponto de vista econômico e técnico agronômico a produção de palma em sistemas agroflorestais", detalha Mauro Costa, gerente sênior de suprimentos da Natura.

Ele informa, ainda, que a palma é um item controverso no mundo porque é responsável por um desmatamento, principalmente das florestas tropicais, principalmente na Malásia e na Indonésia.

"Nós entendemos que conseguiríamos produzir palma, em áreas já desmatadas, em um modelo mais sustentável e socialmente e economicamente viável. O Brasil hoje tem uma legislação que não pode nem abrir uma nova área para plantar palma é proibido. A gente trabalhar em áreas que já estão desmatadas", destaca. 

A produção nesse sistema permite incluir outras plantas como a mandioca, banana, pimenta, ingá, cacau, açaí, bacaba e madeiras, que contribuem para diversificação da renda dos produtores.

Quando comparado com a monocultura, o SAF apresenta maior produtividade, com rendimento de óleo superior e benefícios ambientais, incluindo melhor qualidade do solo e aumento da biodiversidade.

O momento, agora, é de expansão desse modelo, e a marca de cosméticos quer, a médio e longo prazo, ter 100% da palma vindo de um modelo de produção sustentável e que promove impacto positivo socioambiental e econômico.

"Para a Natura não basta só a geração do impacto ambiental e econômico, precisamos impactar as pessoas e estamos fazendo isso e com a repartição de benefícios que proporcionamos eles pode fazer muitas outras iniciativas", afirma o gerente. 

Sustentabilidade

Recentemente, a Solar Coca-Cola divulgou o quinto Relatório de Sustentabilidade e Gestão da empresa, referente ao ano de 2023.

Entre os destaques no pilar socioambiental estão a conquistas da empresa em 2023, como a Certificação AWS (sigla em inglês para Alliance for Water Stewardship), conferida por uma organização de referência internacional, em três unidades da Solar.

Isso indica que a empresa atua de forma responsável na gestão hídrica nas fábricas e também nas bacias hidrográficas do entorno.

Ainda neste âmbito, a engarrafadora foi reconhecida pela Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), que concedeu o Selo ESG-FIEC, e pela entidade coirmã em Pernambuco, a Fiepe, que conferiu o Prêmio de Sustentabilidade ESG na categoria Governança em Água.

A empresa ampliou as certificações Resíduo Zero e Zero Waste, com 12 fábricas reconhecidas por cada uma delas. Também expandiu o Recicla Solar, projeto de apoio à economia circular, por meio do suporte à criação de agregadores de resíduos plásticos, agentes que atuam na cadeia de transformação de garrafas PET em resina reciclada.

Além do Ceará, contempla Pernambuco, Bahia, Alagoas, Mato Grosso, Maranhão, Rio Grande do Norte e Pará.

Em 2023, na Bahia e no Ceará, o volume de recolhimento de resíduos em comparação com o volume produzido e colocado no mercado. No Ceará, coletaram 4.609 toneladas enquanto comercializaram 4.428 toneladas.

Fábrica da Solar Coca-Cola no Ceará(Foto: FERNANDA BARROS)
Foto: FERNANDA BARROS Fábrica da Solar Coca-Cola no Ceará

“Entendemos que é nosso dever atuar de maneira exemplar e buscar transformar a realidade da região”, destaca André Salles, diretor-presidente da Solar Coca-Cola, que usou as normas da Global Reporting Initiative (GRI) para produzir o conteúdo.

Espécies nativas

O Grupo Carnaúba que está com empreendimentos turísticos e residenciais na praia do Preá, em Cruz, vem realizando desde o início da construção do empreendimento, em 2020, a catalogação e identificação das espécies nativas, como as carnaúbas e outras árvores, presentes na área do Vila Carnaúba.

Dada a relevância dessas espécies para a região e para a preservação ambiental como um todo, foram realizados dois inventários ambientais em parceria com empresas especializadas e biólogos, a fim de identificar e catalogar todas as espécies presentes na área do empreendimento, dando uma atenção especial às carnaúbas.

Mais de 90 espécies nativas foram catalogadas e dessas 76 tiveram suas sementes coletadas e passaram a ser cultivadas no Viveiro do Vila Carnaúba. As carnaúbas passaram por um processo de georreferenciamento e à medida que foi necessário o transplantio de determinadas árvores, estas foram manejadas dentro do próprio empreendimento.

Além disso, mais de 3 toneladas de adubo orgânico foram produzidas a partir de podas e foram realizadas uma série de ações de educação ambiental para a comunidade do entorno, como visitas guiadas ao Viveiro e oficinas sobre educação ambiental, preservação e reciclagem.

O espaço cuidado e preservado pelo técnico botânico Jardel Batalha se tornou um grande berçário de carnaúbas e espécies nativas, tendo disponível mais de 23 mil mudas para plantio nos empreendimentos, para doação à Prefeitura e também para organizações locais.

Ações conscientes

O GPA tem adotado, ao longo dos últimos anos, iniciativas para combater as mudanças climáticas. A principal meta deste compromisso é a redução de CO2. Em 2023, a companhia reduziu 47,1% das emissões de gases de efeito estufa de escopo 1 e 2, em linha com o compromisso de reduzir 50% até 2025, contribuindo de forma mais ativa para uma economia de baixo carbono.

O grupo também segue investindo no consumo de energia elétrica de fontes renováveis, migrando lojas para o Mercado Livre de Energia, como forma de priorizar a compra de outras fontes.

Em 2023, a companhia atingiu 98,3% do consumo de energia de média tensão proveniente do mercado livre de energia, quase batendo a meta deste ano, que é migrar para o mercado 100% livre do consumo de energia de média-tensão

Já a marca Pão de Açúcar vem substituindo algumas de suas embalagens por opções mais sustentáveis, como é o caso da troca das bandejas de isopor do hortifrúti das marcas Taeq e Qualitá por um material 100% biodegradável.

A bandeja foi desenvolvida a partir de uma tecnologia inédita que utiliza caixas de celulose e amido. Elas são sustentáveis e inovadoras, sendo 100% livres de petroquímicos e aditivos tóxicos.

Dessa forma, ao ser descartada, a embalagem leva até seis meses para ser totalmente decomposta, diminuindo o descarte de resíduos.

Poluição do ar

Um estudo realizado pelo projeto No Clima da Caatinga concluiu que a Reserva Natural Serra das Almas (RNSA), localizada entre Crateús (CE) e Buriti dos Montes (PI), contribui para a redução da poluição do ar, estocando, nos seus limites, 1.647.239,37 toneladas de gás carbônico equivalente (CO2e).

Essa retirada ocorre por meio da fotossíntese, quando as árvores absorvem gás carbônico e devolvem oxigênio para o ambiente e outros processos naturais. Esse movimento é conhecido como sequestro e a quantidade sequestrada fica estocada em diferentes reservatórios na floresta, parte aérea viva e morta, serrapilheira, raízes e solo. 

O estudo incluiu também o carbono dos demais reservatórios, serrapilheira, raízes e solo. A serapilheira, por exemplo, se trata de uma camada formada pela deposição dos restos de plantas e acúmulo de material orgânico vivo em diferentes estágios de decomposição que reveste superficialmente o solo. 

A pesquisa foi realizada a partir de uma parceria técnica entre a instituição e a BrCarbon, uma climate tech de São Paulo. Na próxima etapa desta pesquisa, será calculado o sequestro anual de CO2e realizado pela RNSA.

IN LOCO

O Grupo Cobap está realizando o Caixa Aberta, programa de visitas técnicas destinado a clientes-parceiros e instituições de ensino, que oferece oportunidade exclusiva de imersão no processo produtivo e nos rigorosos controles de qualidade adotados pela empresa. 

Interessados em participar devem entrar em contato para marcar os detalhes da visita, por meio do e-mail contato@cobap.com.br ou pelo site www.cobap.com.br.

De acordo com o analista de Marketing do Grupo Cobap, Diego Rego, o projeto foi concebido para oferecer aos visitantes uma visão detalhada do funcionamento interno da Cobap, desde a história e evolução da empresa até os processos inovadores de fabricação e controle de qualidade.

 

Foto do Carol Kossling

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