Deputado federal e pré-candidato à Prefeitura de Fortaleza, Capitão Wagner (Pros) disse ontem à Rádio O POVO CBN que associá-lo "ao Governo Federal vai gerar credibilidade para a população, acho que a população quer isso do prefeito".
O parlamentar encerrou a terceira semana de entrevistas nas plataformas do O POVO com os potenciais candidatos ao Paço Municipal. A conversa está disponível nas redes sociais do OP.
ASSISTA À ENTREVISTA COM CAPITÃO WAGNER
Questionado sobre a tentativa que o grupo do prefeito Roberto Cláudio (PDT) faz de ligá-lo ao presidente da República para desgastá-lo, o deputado do Pros respondeu que, "seja quem for esse prefeito, se tiver trânsito fácil no Governo Federal, vai estar com mais facilidade de fazer uma boa gestão".
Wagner comentou a pesquisa Datafolha que mostra alta na popularidade de Jair Bolsonaro. Para ele, ante a melhora do gestor, "quem tem que avaliar se deve ou não continuar associando meu nome ao do presidente são os adversários".
O pré-candidato afirmou que "o PDT usou essa estratégia inteligente de ter cinco pré-candidatos para bater no alvo e o alvo sou eu, então não vou perder meu tempo respondendo nem indo pro ringue".
Sobre a suspensão de 30 dias aplicada ao deputado estadual e aliado André Fernandes (Republicanos) pela Assembleia Legislativa do Ceará na última quinta-feira, 20, Wagner a considerou "desproporcional".
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"O que a gente espera", continuou o parlamentar, "é que o fato mais grave que envolve a Assembleia seja punido com mais rigor do que esse. Esperamos que a corrupção que aconteceu dentro do gabinete de um deputado seja punida com mais rigor", falou, numa referência a Bruno Gonçalves (PL), investigado por suspeita de abuso de poder político e econômico em procedimento aberto no Ministério Público do Estado (MPCE), como O POVO mostrou.
Ainda sobre o caso Fernandes, o pré-candidato avaliou que o arquivamento da denúncia apresentada ao MPCE "comprova que o deputado Nezinho (Farias, do PDT) não tinha envolvimento com grupos criminosos". Mas pondera que "o encaminhamento (da denúncia ao MPCE) foi prudente" e que "era o que o deputado deveria fazer".
Wagner acrescenta que Fernandes, "quando fez o pronunciamento na Casa, não citou o nome do deputado, falou que estava encaminhando e que haveria a suspeita".
Noutro bloco da entrevista, transmitida ao vivo, Wagner foi interpelado por ouvintes sobre a manutenção de intervenções de mobilidade da gestão Roberto Cláudio (PDT) caso se eleja para o Executivo.
O prefeiturável assegurou que irá "continuar todas as obras que foram iniciadas" e que vai dar prosseguimento a "tudo que o prefeito fez de forma acertada".
Provocado a avaliar as ações do Governo do Estado no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus, pontuou que as medidas "que o Governo adotou foram reconhecidas pela população", mas que discorda "de alguns pontos, como algumas atividades voltarem e outras não".
"A gente tem ônibus superlotados e algumas atividades com dificuldade de retornar. Vemos o setor de eventos com dificuldades. Tive uma reunião com pessoal de bufê, e nem os escritórios estavam funcionando", criticou.
Em relação a sua vinculação com a paralisação de policiais militares em janeiro deste ano e os efeitos que esse episódio pode ter para sua campanha, o pré-candidato respondeu: "Não faz o menor sentido estar em primeiro lugar em qualquer pesquisa e promover um movimento que venha a prejudicar a população e que prejudicou os próprios policiais".
Em seguida, concluiu: "Eu dizia que era contra porque sabia que o estado viria com muita força contra os policiais. Tem mais de 300 policiais respondendo a processos".
Série de entrevistas
A série de entrevistas com os pré-candidatos continua na próxima segunda-feira, 24, com Alexandre Pereira (Cidadania). A conversa está marcada para as 9h05min e terá transmissão da Rádio O POVO CBN
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