
Quais ambientes podem ser acessados por fortalezenses e turistas em busca de lazer? Para além de teatros, museus e cinemas, a Cidade, sua população e seus visitantes demandam locais onde é possível encontrar diversão, boa comida, alegria, compras e outros eixos de entretenimento.
Provocado pela demanda constante dos leitores em busca de estabelecimentos para passear e ter distração, o Vida&Arte traça a cartografia do lazer de Fortaleza. Ao longo das próximas semanas, vamos apresentar casas de humor, karaokês, lojas de jogos, cineclubes e brechós.
O Ceará é nacionalmente conhecido por grandes ícones da música, como Fagner, Belchior, Amelinha, Ednardo e até os mais recentes Matuê, Wesley Safadão, Nattan e Felipe Amorim. Chamado de “Terra da Luz”, o Estado brilha por sua criatividade e cultura, que inclui os cenários para quem ama soltar a voz: os karaokês.
Espalhados pelas diversas regionais da Cidade, esses espaços são muito mais do que um palco com microfone livre. São pontos de encontro onde a música se mistura ao riso solto, a voz e ao sabor de um bom petisco. Eles são os lugares perfeitos para reunir amigos, celebrar datas e até paquerar com quem compartilha do mesmo gosto musical.
Em Fortaleza, os karaokês são conhecidos como espaços para cantar livremente. Não importa a afinação, basta apenas coragem e vontade de expandir o show solo para fora do chuveiro de casa.


Seja para encontros amorosos, reunião de família ou passeios com amigos, o cinema é um lazer até óbvio para os fortalezenses. Embora não haja dados recentes sobre o acesso do cearense ao cinema, o Estado possui 111 salas de cinema, segundo a Agência Nacional do Cinema (Ancine).
Na Capital, a maioria das salas se concentra em shoppings. Mas, cinemas independentes e cineclubes comunitários resistem como modo de trazer obras audiovisuais que fujam do comercial e mainstream.
Há espaço para longas-metragens nacionais que disputam por permanência com blockbusters nos cinemas comerciais. Assim como também existe lugar para filmes esquecidos pelos streamings quer seja porque são considerados “trash” ou alternativos demais.

A oportunidade para reunir os amigos, familiares e gerar conexões que vão além da diversão. Dedicar tempo a jogos, sejam eles longe das telas ou mesmo os eletrônicos, pode ser uma válvula importante para desenvolver habilidades ou se entregar ao lazer. Nos últimos anos, os jogos de mesa (também chamados de boardgames) têm crescido em adesão do público.
Nesse leque estão jogos de cartas como Uno, tabuleiros como Monopoly, os que envolvem peças únicas, como dominó, e diversas opções atualizadas.
Em Fortaleza, há lojas e até restaurantes que disponibilizam aos clientes jogos para compra, aluguel ou para uso no momento da estadia. Jogos de videogame também surgem na lista.

Os shows de humor são destino certo para turistas que chegam à capital cearense em busca de justificativa para o Ceará ostentar o título de “Terra do Humor”.
As casas especializadas em apresentações que têm o riso como objetivo se desenham entre a Praia de Iracema e o Meireles, especialmente, traçando uma rota que também contempla cardápios regionais e muito forró pé-de-serra.
Nesta cartografia do lazer, entretanto, descobrimos que, para além do circuito tradicional da faixa de praia, Fortaleza e seus comediantes já expandem o riso para outros bairros. Na vontade de “fazer graça”, novos negócios têm surgido como território fértil para artistas que despontam na cena e usam a comédia como fonte de renda.

Hoje, conheça o universo dos brechós de Fortaleza. No passado não muito distante, os brechós eram considerados locais empoeirados e dotados de “energia pesada”. Existia até um preconceito generalizado quando alguém falava que costumava realizar compras neste tipo de estabelecimento.
Mas o mundo entrou em um novo momento: consumo sustentável. E os brechós perderam a aura de “velharia” — sendo agora identificados como locais onde é possível falar de sustentabilidade e de inovação.
Em Fortaleza, vários são os estabelecimentos que reúnem peças usadas — indo do vestuário ao perfume — e realizam a comercialização. Nos acervos, itens funcionais, indumentária fitness, roupas infantis e muitas roupas de marcas reconhecidas sendo vendidas por preços bem mais acessíveis.
Talvez por isso, os brechós, na capital cearense, ganharam um destacado semblante chique e vintage.